terça-feira, outubro 31, 2006

 

Muse – Starlight

Estiveram cá na última quinta-feira a actuar na praça do campo pequeno!

Esta deve ter sido uma que deitou a casa a baixo...

 

Os custos das mudanças climáticas...

Surgiram nos últimos dias vários artigos e opiniões acerca de um relatório que prevê danos económicos irreversíveis a nível mundial, caso não sejam tomadas medidas imediatas pelos diversos governos.

Esse relatório estima esses danos em cerca de € 5,5 biliões, ou seja, cerca de 1/5 do PIB a nível mundial... um custo superior ao das duas guerras mundiais e ao da grande depressão de 1929...

Ainda segundo esse relatório, evitar essa autêntica catástrofe, que produziria 200 milhões de refugiados (resultado de uma subida do nível do mar causada pelo aumento da temperatura), exige um investimento anual global de 1% do PIB, a começar... ontem! Não realizar esse investimento significa que o mundo vai sofrer enormes prejuízos que serão impossíveis de remediar...

E este alerta não vem de cientistas do clima nem de ambientalistas, mas de um antigo economista do Banco Mundial, Nicholas Stern. O relatório Stern, no seguimento de uma série de estudos parcelares feitos anteriormente sobre os custos económicos das alterações climáticas, faz uma súmula dessas perdas e aponta uma série de soluções com metas concretas.

A peça–chave do combate às alterações climáticas será a redução das emissões de gases com efeito de estufa, sobretudo do dióxido de carbono (CO2). Pelas contas do economista britânico, as metas são altas: para estabilizar a concentração de CO2 no valor que ele propõe, as emissões terão de estar, em 2050, 25% abaixo dos seus valores actuais. Isso exigirá algo como um corte anual global de 80% nessas emissões (sabendo-se que, de acordo com um relatório da ONU, as emissões de CO2 estão de novo a aumentar, depois de terem decrescido na década de 90).

As soluções propostas para contrariar esta tendência passam pela criação de impostos para taxar as emissões, o investimento em tecnologias e inovação limpas e a criação de incentivos à eficiência energética. A inversão da tendência actual terá que passar por uma coordenação de esforços a nível internacional, com a expansão dos mercados de carbono, adopção de medidas que travem a desflorestação e pela aceleração das negociações no âmbito de Quioto e da convenção das alterações climáticas.

P.S. Portugal tem vindo a sofrer nos últimos anos danos económicos também irreversíveis causados pelas alterações climáticas produzidas no parlamento... essas autênticas catástrofes que fustigaram mais recentemente o nosso país dão pelos nomes de Guterres... Barroso... Santana... Sócrates... infelizmente, estes prejuízos para todos nós poderão igualmente ser impossíveis de remediar...

segunda-feira, outubro 30, 2006

 

SCUT... Sócrates Cumpre U Tanas (versão Gato Fedorento!)

Embora o título remeta e possa sugerir o tema das auto-estradas, vou opinar sobre comboios... mais propriamente sobre comboios de alta velocidade!

Segundo os cálculos mais recentes o TGV português vai implicar um investimento de cerca de € 7,7 mil milhões... são muitos zeros... mais precisamente oito...

Mas sabendo nós que os orçamentos para as grandes obras públicas em Portugal são caracterizados pelas derrapagens, por autênticos despistes financeiros face aos números iniciais apresentados... sabendo nós que segundo as últimas grandes obras públicas essa derrapagem costuma andar em redor dos 100%...

Saliente-se ainda que naquele montante estão incluídas "apenas" as ligações Lisboa – Madrid e Lisboa – Porto... sim, porque Porto – Vigo implica um investimento adicional de cerca de € 1,4 mil milhões, sem derrapagens incluídas refira-se...

Implicando estas obras faraónicas um investimento astronómico, seria de supor aprofundados estudos de viabilidade económica... mas a verdade é que existem muitas dúvidas acerca da viabilidade deste empreendimento... quem estará disposto a pagar o mesmo quantitativo para uma deslocação a Madrid, privilegiando o TGV em detrimento do avião... será que vamos assistir ao governo subsidiar esta ligação (inovando ao criar uma espécie de scut ferroviária... todos pagamos para alguns viajarem...).

E já que falamos de aviões, porque não falar dos € 3 mil milhões para o aeroporto da Ota... projecto que além da duvidosa justificação de necessidade apresentada pelo governo, é também colocado em causa, para além dos aspectos financeiros, por aspectos técnicos (com que objectivos se faz um novo aeroporto que não pode ser expandido e que fica esgotado em menos de 50 anos???).
Será que estamos num país sem défice, um país com uma educação e saúde de qualidade, um país onde as populações gozam de qualidade de vida, um país onde as pensões asseguram uma vida digna a todos os reformados, um país onde o governo ano após ano não tem de recorrer ao agravamento fiscal, um país onde a justiça é justa e célere...

Mas será que o TGV só terá aspectos negativos??? Claro que não...

Sendo o TGV um comboio de alta velocidade, significa isso que quando ele estiver pronto, já não precisamos de melhorar os nossos hospitais ou as nossas escolas... se podemos ir a Espanha, ser atendidos, tomar café e voltar em menos tempo que nos demora marcar uma consulta no nosso país ou ter aulas, lanchar e voltar em menos tempo que alguns alunos do interior demoram a chegar à escola...

E também deixaremos de necessitar de desperdiçar fundos na cultura... em menos tempo que demora chegar do cacém ao centro de Lisboa em qualquer dia da semana, podemos ir visitar o museu do prado ou o centro de arte moderna da rainha sofia...

E deixaremos de gastar fundos em fogos de artifício de fim de ano... em menos tempo que demora chegar e estacionar na expo, podemos passar a festejar o novo ano na puerta del sol juntamente com as nossas "hermanas" que de certeza não se importarão de nos mostrar a "movida" madrilista...

As peregrinações a Fátima serão substituídas pelas peregrinações a santiago de compostela...

Além disso vai trazer melhoria das condições de vida para uma grande parte da população portuguesa desfavorecida e muito carenciada... desde logo os empreiteiros, os especuladores de terrenos, os bancos, os gabinetes de estudos (não sei se os que pertencem a membros do governo vão chegar para as encomendas...), os gabinetes de advogados...

Para gozar, ainda mais (eles conseguem sempre surpreender!!!), com o pagode, parece que o ministro das obras públicas quer abrir um concurso para escolher o nome do TGV. Deixo aqui algumas das propostas do João Miranda:

DAV (Dívida de Alta Velocidade);
EBAV (Elefante Branco de Alta Velocidade);
PACA (Paquiderme Albino com Custos Astronómicos);
CACA (Comboio Avançado com Custos Astronómicos);
CUECA (Comboio Ultra-Especial de Custos Astronómicos); ou
DEFICE (Dispositivo Emblemático Financiado pelo Contribuinte)...

P.S. Porque é que o nosso país tem um complexo de inferioridade em relação à restante europa... justificamos o novo aeroporto porque na europa não existem cidades com aeroportos no centro da cidade... justificamos o TGV porque as principais cidades europeias encontram-se ligadas pelo comboio de alta velocidade... justificamos a liberalização do aborto porque nos outros países europeus é assim...

 

Não vi o jogo mas...

Embora não tenha visto o jogo (ouvi somente os minutos finais na rádio), acho que o resultado do Glorioso no dragão deixou um amargo na boca a todos os benfiquistas (e também aos sportinguistas que estavam a puxar pelo Benfica para não descolarem do 1º lugar...).

Após uns minutos iniciais que a generalidade da imprensa classificou de apáticos e nervosos, que resultaram em dois golos sofridos (um fortuito de carambola e outro em que acho que o Quim poderia ter feito alguma coisa...), o Glorioso conseguiu construir algumas jogadas que poderiam ter resultado em golo e que foram um pronuncio para o que viria no segundo tempo...

Uma equipa que ainda só foi alvo de parcos elogios em alguns poucos minutos até à data, conseguiu calar 50.000 adeptos com um futebol simples e directo, criando oportunidades de golo e conseguindo o empate como se da coisa mais simples do mundo se tratasse...

E depois... depois faltou a ambição que é própria das grandes equipas... interiorizando que o empate era um bom resultado, o Glorioso passou a querer defender o resultado, em vez de infligir a estocada final numa equipa que já estava moribunda...

Uma das regras mais elementares do futebol preconiza que quem procura o empate arrisca-se a perder... e foi isso mesmo que aconteceu num golo digno das melhores carambolas de matrecos que acontecem nos jogos de café...

P.S. O Pedro Ribeiro indica que talvez se possa ter ganho uma equipa... espero que ele tenha razão, embora o Glorioso não precise somente de ganhar uma equipa... precisa de ganhar uma grande equipa, ter ambição, jogar de igual para igual com os melhores durante os 90 minutos e não apenas durante meias partes... será que vamos tirar as dúvidas esta semana com o Celtic??? Eu vou lá estar para tirar essa dúvida!!! Pelo que fizeram no dragão eles merecem o benefício da dúvida...

sexta-feira, outubro 27, 2006

 

Hoje fui votar!

Cheguei à bocado do estádio do Glorioso, onde fui exercer o meu dever de sócio, de acordo com os estatutos do clube.

E perguntam vocês, qual o objectivo de ir votar numas eleição onde só existe uma lista a votação???

Desde logo, porque votar é um direito do qual não devemos nunca fugir. Ao manifestarmos a nossa vontade, estamos a participar no processo de escolha da opção que nos parece mais acertada e a responsabilizarmos-nos (quando votamos ao lado dos vencedores) ou a desresponsabilizarmos-nos (quando votamos ao lado dos vencidos) perante os resultados.

Não votar é escolher o caminho da irresponsabilidade... é deixar os outros escolherem e depois querer culpabilizar aqueles que cumpriram a sua obrigação... quando se deviam culpar a eles próprios!

Têm estado a ser divulgadas as sondagens mais recentes acerca da percentagem de participação no referendo do aborto. Espero bem que não, mas as perspectivas não são boas, antecipando-se uma não ida ás urnas elevadíssima, tornando mais uma vez a consulta não vinculativa.

Sabemos todos que em cada português temos um "opinante", com discurso próprio para todo e qualquer assunto! Mas se cada português tem opinião, que a vá manifestar votando! Quem não vota não pode posteriormente vir criticar resultados...

Se defendem o sim, votem no sim! se defendem o não, votem no não! Se acham que não se trata de uma questão importante ou não se conseguem decidir até ao dia da votação, votem em branco! Mas votem!

Só uma votação maciça vai evitar a turbulência que vai suceder caso o referendo seja não vinculativo com a parte vencida a desculpar-se com o argumento das pessoas não terem ido votar...

P.S. A votação electrónica realizada nas eleições do Benfica deveria ser aplicada a todas as votações! Entramos na zona de votação, identificamos-nos, recebemos um cartão electrónico e dirigimos-nos a uns postos multimedia onde ao colocarmos o cartão surge o boletim de voto. Carregamos no ecrã na opção pretendida e depois carregamos no ecrã para confirmar a votação e já está, sem papel e sem canetas! E podemos saber a quantidade de votantes minuto a minuto... são 21h30 e votaram 7415 sócios no total, 6724 em Portugal (398 no norte, 351 no centro, 5112 em Lisboa, 254 no alentejo, 234 no algarve, 208 nos açores e 167 na madeira) e 691 no estrangeiro (102 na américa do norte, 2 na américa do sul, 542 na europa, 33 em áfrica, 5 na ásia e 7 na oceânia).

 

O relógio da morte...

"Bem vindos ao relógio da morte, o amigo na internet que te relembra que a vida está passando... segundo a segundo. Como uma ampulheta da net, o relógio da morte vai te lembrar o quão curta a vida é."

É assim que somos recebidos no relógio da morte, uma interessante, embora um pouco macabra, ideia para chamar a atenção e incutir nas pessoas princípios de vida saudável!

Segundo os cálculos do programa, vou desta para melhor no dia 25 de Abril de 2046... tive a ver no calendário e vou bater as botas a uma quarta-feira. Segundo as minhas contas, tenho menos de 40 anos para viver, cerca de 474 meses, 2060 semanas, 14423 dias, 346167 horas, 20770047 minutos, 1246202820 dias...

P.S. já vi que morro num feriado, mas estou a ficar com um problema... é que quarta-feira é dia de champions league... tenho de fazer as contas para saber se dá ainda para eu ver o jogo do Benfica... pode ser que joguem na terça-feira...

quinta-feira, outubro 26, 2006

 

Gorillaz - Feel Good Inc.

Em certos dias não temos tempo, assunto, inspiração...

Assim, e apenas para vocês se lembrarem que eu me lembro de vocês...

P.S. Antes que apareça pela blogosfera alguma acusação de plágio pela minha pessoa, ficam desde já informados que a última frase é uma adaptação de uma frase do Bruno Nogueira.

quarta-feira, outubro 25, 2006

 

É só meter água

Segundo as últimas notícias a precipitação excede a média normal para o mês de Outubro.

De acordo com o instituto de meteorologia, a quantidade de chuva registada desde o princípio do mês em Portugal Continental excedeu já, à excepção de Faro, a média mensal para Outubro.

Na região Centro, e tendo em conta apenas as últimas horas, a precipitação está a ultrapassar ou a aproximar-se da média normal para todo o mês...

Em Coimbra, entre as 00:00 e as 06:00 foram registados 75 mililitros de precipitação, que é a quantidade média para todo o mês, precisou.

Na Guarda caíram 108 mililitros entre as 18:00 de terça-feira e as 06:00 de hoje, quando o nível normal para o mês é de 150 mililitros.

Em Lisboa, também entre as 18:00 de terça-feira e as 06:00 de hoje, a precipitação registada foi de 83 mililitros, sendo que a média para todo o mês é de 80 mililitros.

Ora aí está finalmente uma matéria na qual o nosso país está em completa sintonia com o governo do engenheiro... andam ambos a meter muita água!!!

 

Parabéns a você...

Comemora-se hoje o aniversário da Catedral!!! Foi no dia de hoje, à três anos atrás, que o Estádio do Sport Lisboa e Benfica recebeu pela primeira vez público nas suas bancadas. O novo Estádio da Luz já viveu noites gloriosas (quem esquecerá o emocionante jogo para a taça de Portugal com os rivais do sporting ou as noites europeias com manchester e liverpool...) e já serviu de casa aos benfiquistas para festejar as conquistas mais recentes!

Aproveitemos o dia de hoje também para relembrar o mítico Estádio da Luz anterior, palco que assistiu a inúmeras jogadas magistrais, entre muitos golos e defesas espectaculares, de jogadores como Eusébio, Coluna, José Augusto, Simões, José Águas, Vítor Baptista, Chalana, Carlos Manuel, Diamantino, Bento, Mozer, Ricardo Gomes, Valdo, Thern, Stefan Schwarz, Michel Preud’Homme e muitos, muitos outros que envergaram a camisola do glorioso... onde chegaram a estar reunidos mais de 120.000 adeptos!!!

terça-feira, outubro 24, 2006

 

Santana Sócrates ou Sócrates Lopes...

O governo do engenheiro (até me arrepio quando escrevo isto... obrigadinho fernando santos!!!), que tem andado a viver à custa dos rendimentos do seu estado de graça, começa agora a sentir pairar sobre si um estado de desgraça...

É verdade que um governo ao fim de algum tempo começa a sofrer o desgaste normal da governação e das medidas impopulares (e algumas erradas) que têm (ou não deviam) de ser tomadas. Foi assim com António Guterres no pavilhão atlântico no masters de ténis ou com Durão Barroso na inauguração do estádio da luz, brindados com monumentais vaias...

Ao contrário destes, o engenheiro entra e sai pela porta dos fundos para fugir a qualquer manifestação de desagrado, recorrendo depois à sua central de informação (é só assistir aos noticiários do canal estatal e assistir ao "tempo de antena" dedicado ao engenheiro), para responder às pessoas a quem recusou dar a cara, dando mostras da sua cultura democrática...

Mas será que o engenheiro terá razão na tese de vitimização que tenta transmitir? Será que se tratam somente de campanhas orquestradas pelo grupo de portugueses privilegiados que o engenheiro combate e denuncia?

Sinceramente não me parece, senão vejamos:

Temos um ministro da economia que anuncia a fim da crise, em vésperas de apresentação de um orçamento restritivo, para depois vir dizer que tal afirmação seria uma infantilidade...

Temos um ministro da saúde que vem anunciar a descida do preço dos medicamentos (lembrou-se mais tarde que a comparticipação do estado também iria descer, ou seja, o doente paga o mesmo...) e o alargamento das taxas moderadoras aos internamentos e actos cirúrgicos (não me lembro desta medida tão popular no programa de governo... ah, e já agora, o delfim do partido do governo já veio questionar a constitucionalidade da medida...).

Temos um secretário de estado com dias infelizes, que culpa os consumidores pelo aumento significativo do preço da luz... para depois vir o ministro da economia fixar o aumento por metade do inicialmente anunciado, justificando a intervenção tardia com o seu desconhecimento naquela matéria...

Temos o ministro de estado e da administração interna que vai a um programa de televisão insultar presidentes de autarquias (incluído da mesma cor partidária) tentando justificar perante estes o injustificável (alguém que faça o favor de explicar ao ministro a diferença entre crescimento real e crescimento nominal...).

Temos o ministro das obras públicas, transportes e comunicações que após a defesa feroz do modelo de gratuitidade das scut, veio anunciar a introdução de portagens nas mesmas no litoral. A indignação do engenheiro foi enorme apontando que se tratava de uma mentira, que no seu programa de governo as SCUT se mantêm enquanto as regiões atravessadas tiverem níveis de desenvolvimento muito abaixo da média nacional e enquanto não houver alternativas àquelas vias... segundo o engenheiro a região do algarve encontra-se muito abaixo da média nacional e não existe qualquer alternativa à via do infante...).

Temos o ministro das finanças que vem anunciar um orçamento onde a despesa pública se encontra controlada e em diminuição... o governo do engenheiro congelou as progressões dos funcionários públicos, aumentou os descontos efectuados pelos mesmos e diminuiu o investimento público (será que o investimento público está guardado para o ano das eleições legislativas...) e mesmo assim as despesas do estado sobem... o engenheiro indignado afirma que ninguém pode negar que no orçamento de estado para 2007 a despesa pública diminui em relação ao produto interno bruto! Espero que o engenheiro seja mais hábil a matemática que o engenheiro guterres, um rácio pode descer de três formas... pela diminuição do numerador (despesa pública), pelo aumento do denominador (PIB) ou pela conjugação dos dois efeitos anteriores. Não sendo pela diminuição da despesa pública, que cresce, esta diminuição do rácio baseia-se numa previsão de aumento do produto e das receitas que muitos organismos internacionais já classificaram de ligeiramente optimista...

Temos um governo que apresenta um orçamento baseado em legislação que ainda não se encontra aprovada ou promulgada... que no fundo são apenas propostas...

Isto tudo na mesma semana... como li nalgum lado, parece que estamos a assistir a uma sequela de um filme com 2 anos, agora com novos protagonistas...

P.S. Para não dizerem que só faço crítica negativa aproveito para dar o meu apoio a uma medida que vem trazer mais equidade ao sistema fiscal. Embora criticadas por alguns elementos da cor política do governo e pelos partidos da oposição, acho correctas as medidas apresentadas para os cidadãos portadores de deficiência em sede de IRS.

segunda-feira, outubro 23, 2006

 

Plagiar não é bonito...

O sr. Miguel Sousa Tavares é uma personagem curiosa... tão depressa consegue fazer uma análise lúcida como a seguir fica com as suas ideias meio distorcidas, chegando ao ponto de ficar mesmo cego e redigir comentários totalmente fantasiosos e facciosos...

Mas reconheço que o seu livro "Equador" mexeu com a mercado livreiro português, com largos milhares de vendas e dezenas de edições lançadas (o que não é sinónimo de mais leitores... porque existem livros que fica bem ter na prateleira...). Admito que li o livro e gostei!

Não sei se é verdade ou se é mentira, mas a ser verdade o sr. Miguel Sousa Tavares vai ter muito que explicar... fiquem a saber tudo
aqui!

 

Xis(tr)a que tou farto destes árbitros...

Um jogo de futebol onde são mostrados 18 cartões (3 cartões vermelhos resultantes de duplo amarelo e 15 cartões amarelos) pressupõem a existência de uma autêntica batalha campal no relvado, certo???

Errado, quando surge um árbitro acompanhado de fiscais de linha incompetentes e sedentos de protagonismo (os restantes adjectivos que me lembrei para os senhores obrigar-me-iam a colocar bolinha vermelha no canto superior do post...), estamos perante mais uma normalidade do futebol português...

O que se viu ontem foi um jogo de futebol onde não houve entradas violentas, onde existiram lances disputados com alguma virilidade, mas nada de excessos... foi assim caricato assistir à amostragem de cartões amarelos em faltas perfeitamente normais (algumas cometidas por atacantes junto da área adversária)! Foi caricato assistir a um jogador tricolor expulso que nem participou na jogada da falta (vai uma aposta que no relatório vai estar escrito que foi expulso por palavras...).

Foram 18 cartões mostrados para 36 faltas assinaladas... refira-se que os jogadores encarnados cometeram 14 faltas assinaladas e foram brindados com 8 cartolinas (não chega a 2 faltas por cartão...) enquanto os jogadores tricolores cometeram 22 faltas assinaladas, retribuídas com a amostragem de 10 cartões (pouco mais de 2 faltas por cartão...). Só por curiosidade, no duelo Sporting-Porto, foram cometidas 34 faltas... foram mostrados 10 cartões!!! o Sporting com 5 cartões para 15 faltas (3 faltas por cartão) e o Porto com 5 cartões para 19 faltas (precisa de cometer em média quase 4 faltas para ver um cartão um jogador azul...)!

E quanto aos foras de jogo? Incrível, em cerca de uma dezena de assinalados, se dois deles foram correctos, estarei certamente a pecar por excesso... em caso de dúvida não assinalar, é o que está estabelecido nas normas do international board, mas em Portugal temos normas próprias, assinala-se fora de jogo a tudo o que mexe... escandalosos os foras de jogo a Miccoli (um deles após ter corrido mais de 20 metros e que lhe valeu o primeiro amarelo!!!) assim como mais alguns tirados a jogadores encarnados e tricolores...

A apreciação ao trabalho do árbitro no jornal a bola diz tudo: "Estragou tudo"!!!

P.S. Acho que encontrei a justificação para esta arbitragem bizarra... observando a ficha do jogo verifica-se que a equipa de arbitragem foi constituída pelo árbitro Carlos Xistra, pelos auxiliares Sérgio Lacroix e Vítor Silva e pelo 4º árbitro Francisco... Bizarro!!!

domingo, outubro 22, 2006

 

O Aborto, mais uma vez...

É num domingo chuvoso, com uma caneca de chocolate quente na mão, que mais uma vez me vou debruçar sobre o assunto polémico dos próximos meses!

Tenho lido com toda a atenção as opiniões escritas na imprensa, em posts de outros blogs e nas opiniões feitas neste blog àquilo que eu tenho escrito, tendo algumas levado a um repensar de certas opiniões por mim emitidas (outras nem por isso), mas as questões de fundo que serviriam para tirar as dúvidas que eu e se calhar grande parte dos portugueses têm, mantêm-se...

Primeiro, referir-se a um aborto como uma questão de Direitos Humanos é de uma desonestidade intelectual (para ser politicamente correcto) que não tem explicação! Afirmar que o direito de uma mulher abortar está ao mesmo nível do que o direito à vida, a proibição da tortura ou a proibição do trabalho forçado não faz sentido algum, desde logo, porque uma gravidez não é uma situação forçada! A mulher tem sempre a escolha de não engravidar... Direitos Humanos pressupõem a não existência de escolha por parte da vítima! Querer equiparar uma mulher grávida a uma mulher assassinada, torturada ou sujeita a trabalhos forçados não faz nenhum sentido!

Mais, como João Miguel Tavares (um tendencial votante no sim) desenvolve no seu artigo de opinião no DN “...estar grávido não é uma doença. E só em casos excepcionais, aliás já previstos na lei em vigor, é que pode ser considerado um problema de saúde. E não o sendo, e havendo centenas de milhares de pessoas que estão efectivamente doentes sem terem da parte dos hospitais públicos a resposta que lhes é devida, é uma obscenidade ocupar salas de cirurgia e tempo médico com interrupções da gravidez...”. Querer colocar o direito ao aborto como um problema de saúde pública prioritariamente a problemas como o direito a ter uma operação em tempo útil (e não ter de esperar anos pela mesma...), em frente ao direito de não ter que ir às 4 da manhã para a porta de um centro de saúde para garantir uma consulta para o final da tarde, não me parece correcto.

Ouvimos muito também o argumento de que estamos atrasados em relação à restante Europa nesta matéria... esta afirmação não pode, com o conhecimento científico contemporâneo, ser aceite como uma verdade insofismável... “na incerteza sobre as consequências dos nossos actos ou omissões, a ética aconselha não correr riscos”... não é isso que acontece também nos julgamentos, em caso de dúvida... após ler o artigo de opinião de Francisco Sarsfield Cabral, também no DN, como poderá alguém afirmar, sem quaisquer dúvidas, que não estará em causa a vida de terceiros...

Por outras palavras, estaremos atrasados ou será que estaremos adiantados... o nosso país foi pioneiro no mundo na abolição da pena de morte... por essa ordem de razões, nunca deveríamos ter alterado a situação da pena de morte e devíamos ter continuado no rebanho europeu! Por outro lado, invoca-se que não pode ser a lei a impor comportamentos... mas a mesma lei que impõe comportamentos já pode ser invocada pelas mesmas pessoas por não atribuir personalidade jurídica à vida intra-uterina...

Fui igualmente “massacrado” (no bom sentido da palavra) com a questão da liberdade de escolha. Mas existe maior liberdade de escolha do que ter todos os meios para não engravidar? Shyznogud levanta o problema de esses mesmos meios anticoncepcionais poderem falhar. É verdade que pode acontecer (uma pílula pode falhar, um preservativo romper...), mas é para esses casos que os defensores do sim estão a fazer a campanha da despenalização... não me parece...

Relativamente à ideia da interrupção voluntária da gravidez como uma decisão conjunta, que levantou muita celeuma... o que eu defendo é que se privilegie uma decisão conjunta. Mais uma vez, Shyznogud consegue trazer muitas verdades a este problema... no seguimento do pensamento dela (desculpa o abuso!) digo que devemos tentar privilegiar sempre que possível essa tal solidão acompanhada...

Já está a passar um semana sobre a intensificação do debate sobre o problema do aborto... até à data os argumentos apresentados pelos defensores do sim para a necessidade de liberalização do aborto são falaciosos e alguns mesmo hipócritas (tal como os dos defensores do não)... os problemas que urge discutir e dar solução que gravitam em redor de uma interrupção voluntária da gravidez nem sequer são aflorados... de certeza que voltarei ao assunto!

P.S. Ouvimos muito o caso espanhol ser apresentado como um exemplo a seguir, ao mesmo tempo que se aponta o regime existente em Portugal como hipócrita. Mas não será igualmente hipócrita ter um médico psicólogo em cada clínica de aborto a atestar da incapacidade psicológica da mulher em manter uma gravidez ou ter um filho, validando legalmente desta forma o aborto??? Mais uma acha para a fogueira...

sexta-feira, outubro 20, 2006

 

A culpa morre solteira em Portugal...

Em 4 de Março de 2001, numa noite chuvosa, a derrocada da ponte de Entre-os-Rios, provocada por um pilar que ruiu, provocou a morte a 59 pessoas!

Morreram 59 pessoas e o Ministério Público apontou o dedo a seis engenheiros, acusados por não terem feito tudo o que estaria ao seu alcance para evitar aquele colapso. Foram acusados técnicos, mas nenhum responsável da ex–Junta Autónoma de Estradas foi acusado...

Morreram 59 pessoas, mas hoje um tribunal deste país absolveu todos os arguidos...

Morreram 59 pessoas... mas ninguém é responsabilizado criminalmente pelo maior acidente rodoviário ocorrido em Portugal...

Morreram 59 pessoas, mas mais uma vez, a culpa morre solteira!!!

Às vezes tenho vergonha de ser português...

 

Opinando sobre o referendo...

Foram aprovadas na Assembleia da República (e publicadas em Diário da República) a proposta de referendo e a pergunta a efectuar aos portugueses. Agora é aguardar, para além do procedimento constitucional, a marcação da data dessa consulta e esperar pelos resultados finais!

Ou talvez não... para além da originalidade do PCP que pretendia que, numa questão notoriamente de consciência individual, fosse o parlamento a decidir e a legislar por si só (claro que de acordo com a sua vontade), o que levou ao absurdo de não votar a favor a proposta de referendo, começam-se agora também a ouvir algumas interpretações e considerações acerca de possíveis resultados e os respectivos enquadramentos perante a lei do resultado do referendo.

É um facto, que o resultado do referendo pode ser maioritariamente pelo sim ou pelo não, com mais de 50% dos eleitores a participar ou com menos que essa percentagem de participação. É precisamente a expressão da quantidade de eleitores a votar que vai decidir se o referendo é vinculativo, legitimando o parlamento para actuar em conformidade.

Assim, não apresenta quaisquer dúvidas que em caso de referendo vinculativo, caso a maioria pertença ao sim, encontra-se o parlamento legitimado para despenalizar a aborto. Caso a maioria pertença ao não, não existe legitimidade para alterar a presente situação. Até aqui acho que todos concordamos e existe consenso.

Mas, se o referendo for não vinculativo?

Existem mentes peregrinas (quiçá assustadas com sondagens recentes...) que defendem que se o resultado do referendo for não vinculativo (qualquer que seja o resultado), pode e deve o parlamento legislar no sentido da despenalização... Vejamos, a Constituição da República Portuguesa estabelece que um referendo para ser vinculativo, o número de votantes tem de ser superior a metade dos eleitores inscritos no recenseamento. O que confere legitimidade ao parlamento é, na minha opinião, o facto do referendo ser ou não vinculativo.

Neste sentido, um resultado não vinculativo não confere qualquer legitimidade... mas estas mentes peregrinas estudaram bem a questão, contrapõem que o parlamento não pode ficar amarrado ao resultado de um referendo não vinculativo. Se é não vinculativo, não tem valor, a opinião daqueles que foram votar não vale de nada! Descobriram a pólvora, basta não deixar ninguém votar e o parlamento tem o caminho livre para legislar como lhe convier...

Outro argumento curioso (defendido até por um ministro) é o que defende que se o povo português maioritário não quiser decidir sobre a questão (resultando num referendo não vinculativo), então demonstra uma vontade que outros decidam por si... encontrando-se assim o parlamento legitimado para agir em conformidade...

Embora na lei e no direito (e eu não sou jurista), dois juristas perante a mesma lei consigam ver duas, senão mais ainda, interpretações da mesma, não estarão estas mentes a fazer uma interpretação demasiado extensiva...

A opção pela realização de um referendo nesta questão, em minha opinião, encontra-se correcta. Estando em causa a consciência de cada um, não existe qualquer legitimidade num deputado decidir pelo povo português que o elegeu! Ao querer decidir esta situação directamente no parlamento ou atropelando um referendo não vinculativo, está o parlamento, para além de desvalorizar o definido na Constituição Portuguesa, a passar um atestado de menoridade aos portugueses!

Para mim é claro, um referendo não vinculativo não confere qualquer legitimidade para alterar a situação, seja vencedor o sim ou o não... significa que o povo português desvaloriza esta proposta de despenalização, achando mais importante não desperdiçar um dia de praia, passeio ou descanso...

Embora uma vitória não vinculativa do sim permita levantar uma questão de “vontade em legitimar” o parlamento para uma alteração, os mesmos 3 votantes no não que segundo a jornalista Ana Sá Lopes não podem amarrar o parlamento a um resultado, votando no sim também não podem passar a legitimá-lo...

Não andemos a brincar aos referendos...

 

Ayrton Senna da Silva...

Neste mesmo dia, faz hoje 15 anos, bem de madrugada, estava eu a assistir a uma corrida de fórmula 1 no circuito de Suzuka (Japão), onde Ayrton Senna se sagrou, comigo a festejar, tri-campeão do mundo!

Mal imaginava eu que poucos anos depois iria assistir em directo à morte do, na minha opinião, maior piloto de fórmula 1 de todos os tempos, naquela fatídica curva Tamburello do circuito de Imola (ironicamente tamburello significa em italiano recta torta... talvez por ser uma curva onde se ultrapassavam sem dificuldade os 300 quilómetros por hora), a mais de 200 quilómetros por hora contra um muro de betão!

Quando foi oficialmente decretada a morte de Ayrton Senna vieram-me as lágrimas aos olhos... morreu um dos meus ídolos! A fórmula 1 nunca mais me despertou o interesse que até aí havia despertado...

Figura controversa e temperamental, obcecado pela vitória, mestre nas qualificações (65 pole positions em 163 corridas), príncipe do Mónaco (onde venceu por 6 vezes), ficou também marcado pelo nosso país, onde passava férias, e onde conseguiu no Estoril, em 1985, a sua primeira vitória em grandes prémios (num total de 41)!

Ayrton Senna morreu e deixou um vazio que jamais outro piloto preencherá! Poderão vir aqueles que superarão as suas marcas, baterão os seus recordes, que entrarão para a história como melhores pilotos e donos de maiores conquistas... porém, jamais aparecerá alguém capaz de apagar a sua memória!

Ayrton Senna não morreu! Tornou-se um mito... uma lenda... e as lendas são imortais... guiou, vitorioso como sempre, rumo ao infinito e conquistou a eternidade...


quinta-feira, outubro 19, 2006

 

Ainda acerca da iluminação...

Fiquei a saber que a culpa do aumento de 15% no preço da electricidade é minha! O iluminado que me despertou foi o secretário de estado da indústria e inovação que, pasme-se a sua inteligência e perspicácia, indicou como justificação de tal aumento o facto de eu ter andado a pagar barato durante anos...

Fiquei assim a saber (não fazia a mínima ideia), que fui eu que nos últimos anos estabeleci por imposição o preço da electricidade cobrado pela EDP! Hummmm, deixem cá ver... a guerra do Iraque... as implicações das secas nos níveis das barragens... o aumento do preço do crude (aumentou 31% face a 2005) ou o aumento do preço do gás natural (aumentou 16%), se calhar seriam justificações mais inteligentes sr. secretário de estado, não???

Pérolas como "existe um défice tarifário que só pode ser imputado aos consumidores" ou "são os consumidores que devem este dinheiro" ou ainda "foi o consumidor que mais consumiu tarifas o ano passado e isso gerou défice", vão perdurar na memória de todos nós. Mais, as empresas têm um tratamento diferenciado porque não podemos reduzir a sua competitividade por razões de energia... tou a pensar seriamente montar uma empresa lá em casa!

Aponta ainda o sr secretário de estado que este aumento visa igualmente criar condições para as empresas fornecedoras de energia ao mercado doméstico concorrerem no mercado liberalizado! No fundo, o que o sr. secretário de estado quer dizer é que, aumentam-se os preços para depois a concorrência no mercado levar a que esses preços baixem... quer dizer que vou pagar mais agora para que depois vá pagar menos??? O homem é um génio!!!

Termina o sr. secretário de estado com a ideia de que no futuro poderá o governo criar mecanismos que evitem aumentos tão elevados... Mas meus amigos, o futuro chegou rápido, poucas horas depois o sr. secretário de estado adjunto vem anunciar que o governo vai estudar a criação de mecanismos para evitar estas situações! O próprio ministro da economia (sim, aquele que anunciou o fim da crise num dia e no dia seguinte afirmou que anunciar o fim da crise seria uma infantilidade...), reforçou essa ideia, informando que já tinha sido convocada uma reunião para debater o assunto!

Temos um governo de palhaços...

quarta-feira, outubro 18, 2006

 

É tudo uma questão de iluminação...

Foi neste dia que morreu Thomas Edison, "The Wizard of Menlo Park", como era conhecido, considerado por muitos o maior inventor de todos os tempos, sendo-lhe atribuídas mais de 1300 patentes, sendo um dos primeiros a aplicar os princípios da produção maciça ao processo de invenção!

Associado por todos ao invento da lâmpada eléctrica incandescente, a ele (e aos seus numerosos empregados com os quais não partilhava os créditos das invenções...) se devem muitos outros inventos e o aperfeiçoamento de muitos outros. É dele também a célebre frase "um génio é 1% de inspiração e 99% de transpiração"!

E pensam vocês porque é que estou a falar do falecimento de Thomas Edison... porque tal como se apagou a luz neste dia em 1931 para Edison, ontem começou-se a apagar a luz do Glorioso na actual Champions League com a derrota no Celtic Park em Glasgow!

Com 2 golos marcados por um jogador com ar de cadastrado e com nome de cerveja se começou a escrever a despedida do Glorioso da competição... a não ser que...

terça-feira, outubro 17, 2006

 

O Aborto!!! Despenalização SIM – Liberalização NÃO!!!

Está na ribalta novamente a questão do aborto! A discussão parece estar extremada e limitada aos defensores do sim e aos defensores do não... mas não existirá uma terceira via???

Eu insiro-me numa terceira via no que respeita à questão do aborto. E perguntam vocês que terceira via é essa? É aquela que não concorda completamente com o sim nem concorda completamente com o não, reconhecendo méritos e absurdos em cada uma das posições...

Dito de outra forma, concordo com a despenalização criminal do aborto, mas acho que isso não pode implicar a liberalização da interrupção voluntária da gravidez. Mais, não consigo perceber porque é que se defende que esta decisão tem de ser única e exclusivamente uma decisão pessoal da mulher...

A pergunta «Concorda com a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, se realizada, por opção da mulher nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?» dá que pensar...

Não me estou a referir a questões científicas (mais ou menos semanas), ideológicas, morais ou religiosas subjacentes a esta questão... acho que cada um deve pensar de acordo com a sua consciência!

Refira-se que a interrupção voluntária da gravidez já se encontra prevista na lei... existe o aborto em casos de violação, existe o aborto em casos de mal formação grave do feto ou ainda o aborto para manter a gestante viva...

Relativamente aos defensores do sim, os argumentos utilizados baseiam-se principalmente na vontade da mulher e nas condições económicas, sociais e psicológicas que são necessárias para criar uma criança de uma forma minimamente digna.

Não estaremos a inverter as coisas, isto é, querem me dizer que uma mulher se não tiver condições económicas para ter uma criança vai sempre optar pelo aborto??? Não preferirá essa mulher que lhe permitam ter as condições económicas que lhe permitam assegurar esse mínimo de dignidade à criança??? Não é para isso que supostamente existe um estado de previdência...

E será que estes senhores conhecem o termo contracepção??? Acham estes senhores que já existe suficientemente informação nas pessoas acerca dos meios para prevenir uma gravidez indesejável??? Querer comparar legislações sobre a interrupção voluntária da gravidez entre países onde existe uma verdadeira política de educação sexual e o nosso país é uma verdadeira insensatez...

No fundo, a ideia com que fico é que em vez de se investir (se calhar o problema está aqui) por forma a proporcionar condições para se poder ter os filhos ou proporcionar informação e os meios para prevenir uma gravidez indesejável apostamos tudo na derradeira possibilidade, o aborto!

Tenta-se resolver um problema que existe e é real por decreto, quando na essência da questão encontram-se pessoas... (não posso deixar aqui de comentar o que o governo fez à situação das crianças com necessidades especiais: o facto de não existirem pessoas suficientes com a formação necessária para responder a estas crianças não resultou numa aposta do governo na formação de mais pessoas com as qualificações necessárias. Por decreto, definiram-se critérios mais restritos para o que é uma criança com necessidades especiais e, assim, de um dia para o outro, 60.000 crianças com necessidades especiais passaram a 12.000... acho que não é assim que se resolvem os problemas).

E querem me dizer que o drama pessoal e os problemas psicológicos resultantes de uma interrupção voluntária da gravidez realizada clandestinamente desaparecem com a sua realização efectuada num estabelecimento de saúde legalmente autorizado???

Discutamos agora o argumento mais utilizado, o politicamente correcto do ponto de vista feminista, do corpo é meu... para além do ridículo que é assistir a mulheres de barriga à mostra com frases escritas do género "aqui mando eu" (ridículo das frases não da barriguinha à mostra...), que eu saiba, para se conceber, são necessárias duas pessoas. A barriga pode ser da mulher, mas o que está lá dentro é em "regime de co-propriedade"!

Vamos fazer um pequeno exercício, uma noite mais quente resulta numa gravidez:

Situação 1: o pai e a mãe, por algum motivo, decidem conjuntamente que não possuem condições para ter a criança, acho que todos aceitam uma interrupção voluntária da gravidez num caso destes;

Situação 2: a mãe decide que não tem condições para ter a criança mas o pai deseja e tem condições económicas, sociais e psicológicas para ter a criança, sendo a mulher a decidir, interrupção voluntária da gravidez;

Situação 3: a mãe decide que tem condições para ter a criança, o pai não tem condições económicas, sociais ou psicológicas para ter a criança, sendo a vontade da mãe a prevalecer, nasce a criança. Mas, fica o pai desobrigado??? A resposta é não, pode ser obrigado judicialmente a fazer um teste de paternidade e a pagar pensão de alimentos...

Daí eu defender que a interrupção voluntária da gravidez deva ser uma decisão conjunta, não faz sentido ser uma parte a decidir sobre algo que implica duas partes! Quer dizer que a mulher tem a liberdade de interromper voluntariamente a gravidez (por exemplo, por privilegiar a carreira ou não querer abdicar de certo estilo de vida), mas o homem encontra-se sempre dependente e na dependência da decisão da mulher...

Sabem que se adquirirem um bem no estado civil de solteiro, bem esse adquirido única e exclusivamente com o vosso esforço, casarem na posse desse bem e decidirem vendê-lo na vigência do casamento necessitam de autorização da outra parte??? Se uma questão meramente patrimonial exige uma decisão conjunta, porque não fomentar uma decisão conjunta neste assunto...

Daí a minha apologia de se tentar privilegiar uma decisão conjunta! Estão em causa implicações para não uma pessoa (a mulher), mas para duas pessoas... uma decisão conjunta responsabiliza as duas partes!

O Sócrates veio lançar alguma luz sobre o assunto, gostei de ouvir que o que se pretende é a despenalização criminal das mulheres e não a liberalização do aborto! Vou esperar para ver a campanha e as medidas apresentadas para que essa despenalização não se torne numa desresponsabilização, tornando a interrupção voluntária da gravidez um mero meio contraceptivo adicional a juntar aos que já existem...

Mas que se deixe o sr. primeiro ministro de invocar a hipocrisia da existência de uma lei que não é aplicada pelos tribunais como justificação por si só, uma vez que ele próprio e o seu governo atropelam muitas das leis que deveriam respeitar... aconselho ao sr. primeiro ministro a leitura da Constituição da República Portuguesa, podendo ele tomar nota de todas as garantias e direitos consagradas a todos os cidadãos que pura e simplesmente os governos não respeitam... vai o sr. primeiro ministro defender a abolição da constituição porque é uma hipocrisia existir uma lei que consagre direitos e garantias que não são aplicados na prática???

Relativamente ao não, os argumentos são absurdos, passando desde a defesa da família, da tentativa de apresentar um feto como uma entidade jurídica, a degradação da própria mulher, defesa de políticas de natalidade... O único argumento que me diz algo é exactamente o da despenalização poder resultar numa liberalização, sendo apresentadas medidas para criar condições para que se possam ter filhos ou para que se possa evitar uma gravidez indesejável.

Para se conceber um filho são preciso duas pessoas dispostas a isso. A inconsciência é a única justificação hoje em dia para uma gravidez indesejável... não sou de esquerda ou de direita... não tenho religião nem sou seguidor de nenhuma ideologia... neste assunto penso somente com a minha consciência!

Para mim, a solução correcta passa pela despenalização (assente numa decisão conjunta), acompanhada de toda uma panóplia de medidas tendentes a evitar que uma mulher tenha de recorrer à interrupção voluntária da gravidez! Querer cingir esta discussão à mera despenalização criminal como se está a fazer não é correcto! Uma interrupção voluntária da gravidez deverá sempre resultar de uma decisão conjunta bem ponderada, uma última alternativa quando estiverem esgotadas ou tiverem falhado todas as possibilidades e não ser encarada como a grande solução!

P.S. Só mais uma questão para juntar à polémica... se porventura o resultado do referendo for pelo sim, mas não vinculativo, à semelhança do anterior, que legitimidade é que existe para alterar a situação??? Se uma votação onde o não ganha, por ser não vinculativa permite condições para a realização de um novo referendo, não permitirá uma votação onde o sim ganha, mas com uma participação inferior aos 50%, a realização de novo referendo???


segunda-feira, outubro 16, 2006

 

O Conde de Oeiras!!!

Pouca gente conhece este título associado à pessoa!!! Sebastião José de Carvalho e Melo... ainda não??? E se eu disser que estou a referir-me ao Marquês de Pombal!!!

Pois é, foi neste dia no longínquo ano de 1769 que ao Conde de Oeiras foi concedido o título de Marquês de Pombal.

Oeiras, vila desde 7 de Junho de 1759 por Carta Régia de D.José I, com origens que remontam ao séc.XII...

Oeiras, onde eu passei grande parte da minha vida... e ainda vou passando!!!

Não nasci em Oeiras, já não vivo em Oeiras, mas considero-me um Oeirense...

 

Segundas feiras...

Mais uma semana... detesto as segundas-feiras!!! As semanas deviam começar, no mínimo, a partir das terças...

Este fim de semana serviu para descansar e para estar com a família. É que durante a semana de trabalho, sempre a correr de uma lado para o outro, não conseguimos estar com aqueles de quem mais gostamos... por isso vão-se habituando a poucos posts meus durante os fins de semanas...

Este fim de semana ficou marcado pelo Miccoli show!!! É obra fazer uma chapelada daquelas a um gajo com quase 2 metros de altura!!! E o golão do Nuno Gomes!!! Agora só espero que não seja fogo de vista... vamos tirar a prova já amanhã com o Celtic!!! Mas tenho que admitir que fiquei surpreendido com a exibição do Glorioso...

sexta-feira, outubro 13, 2006

 

Eça de Queiroz...

Esta pequena pérola é datada de 1867!!! Foi elaborada em pleno séc.XIX... Se fizerem as contas vão verificar que já tem a provecta idade de 140 anos!!!

Mas apesar de ter sido redigida numa época histórica diferente, consegue descrever com uma fiabilidade assustadora a democracia e a política dos nossos dias...

Acho que todos vamos concordar com o Eça, temos ministros mas faltam-nos estadistas...

Bom fim de semana!

 

Hoje é sexta-feira 13!!!

Eu não sofro de paraskavedekatriaphobia!!! Calma, paraskavedekatriaphobia significa fobia ás sextas-feiras 13 (do grego Παρασκευή (Paraskeví) - sexta-feira + δεκατρείς (dekatrís) - treze + fobia)!

Sabiam que as sextas-feiras 13 só são consideradas como dias de má sorte pelas culturas portuguesa e inglesa??? Na Grécia ou em Espanha o dia de má sorte é a Terça-feira 13... ou como diria um espanhol "En martes, ni te cases ni te embarques"!!!

Entre pessoas famosas nascidas a uma sexta-feira 13 temos Samuel Beckett, dramaturgo irlandês, Fidel Castro, o (ainda) presidente de Cuba ou Anderson Luís da Silva, o Luisão do Benfica...

E se pensam que as sextas-feiras não valem nada, fiquem sabendo que, segundo um instituto norte-americano que se debruça sobre o estudo do stress e das fobias (os americanos têm um instituto para estudar tudo o que existe...), as sextas-feiras 13 significam cerca de 900 milhões de dólares a menos em circulação na economia...

Podem marcar nas vossas agendas, as próximas sextas-feiras 13 vão acontecer em Abril e Julho de 2007... eu vou continuar a passar por baixo de escadotes, cruzar-me com gatos pretos, partir espelhos ou abrir guarda-chuvas em casa e continuar a dormir descansadinho...

quinta-feira, outubro 12, 2006

 

Devo estar a ficar velho...

Cheguei ontem à conclusão que já não me emociono ou vibro com o futebol como antigamente... se fosse à uns anos atrás, aqueles golos marcados pelo, vejam bem a ironia, Euzebiusz Smolarek, fariam sair da minha boca um conjunto de impropérios que fariam corar qualquer um (ficam informados que só digo asneiras em poucas situações, nas quais se incluem o futebol e a condução).

O Eusebiusz (o gajo não se podia chamar antes Pawel, Grzegorz ou Wojciech???) com os seus dois remates fulminantes só me conseguiu arrancar um ligeiro abanar de cabeça... Nem o Ricardo com o seu ar de bebé chorão, quase em lágrimas depois de ver o poste a efectuar uma espectacular defesa a mais um remate polaco, me conseguiu arrancar um sorriso que fosse...

Ainda hoje não consegui perceber (nem engolir...) o facto da selecção nacional ser comandada por um estrangeiro... a selecção é um ponto alto de paixão, onde se reunem e abraçam a festejar um golo ou uma vitória pessoas que no resto do tempo andam a insultar-se ou nem se podem ver... representar o país é um motivo de orgulho... oferecer essa honra a uma pessoa que não sente o país como nós é uma blasfémia (mesmo sendo ele abençoado pela Sra do Caravaggio).

E como é que se pode permitir que determinados indivíduos possam vestir a camisola da selecção... anos a dizer que o sonho é representar o escrete canarinho e quando o seleccionador brasileiro manda o recado que no Brasil existem muitos “Decos”, se mostra então disponível para representar a selecção nacional...

E não me venham com a conversa da xenofobia, eu não sou contra haver estrangeiros a vestir a camisola da selecção, sou contra determinadas naturalizações, efectuadas com outros interesses... porque existem naturalizações feitas com o coração e a razão e não a pensar na carteira (o facto de ser um jogador comunitário abre muitas portas...). Por alguma razão e selecção não é mais um clube, é a selecção!!!

Não me agrada esta globalização do desporto em geral... é que pelo andar da carruagem daqui a não muito tempo vamos andar a sofrer golos nas fases de qualificação do Léo Santos da Moldávia ou do Marcelinho Sousa da Albânia ou talvez do Juninho Silva das Ilhas Faroé... existe melhor maneira de matar uma selecção!!!

P.S. em três jogos de qualificação dois golos marcados... quantos golos teria agora se tivesse sido aposta como ponta de lança da selecção nestes últimos anos...

quarta-feira, outubro 11, 2006

 

Pensões de reforma...

Em primeiro lugar, não vou hoje ao ginásio... é que joga a selecção, mas se tudo correr bem vou amanhã sem falta...

Agora sim, vamos opinar sobre a complexa temática das pensões de reforma. Desde logo convém esclarecer que não sou apologista do princípio da solidariedade intergeracional defendida pelos seguidores do chamado modelo social europeu...

O Sr. Primeiro Ministro explica todo sorridente que é justo que eu pague a pensão do meu pai e o meu filho pague a minha, mas porque a minha esperança de vida é maior que a do meu pai é justo que a percentagem do salário na minha pensão seja mais baixa do que a dele e que a do meu filho seja menor que a minha, pois a sua vida será mais longa... Ao Sr. Primeiro Ministro eu digo que prefiro que os meus descontos se destinem a garantir a minha reforma no futuro e não a pagar a reforma dos meus antecessores...

Eu até poderia concordar com o Sr. Primeiro Ministro se os meus descontos servissem para pagar a pensão daqueles que trabalharam e descontaram durante a sua vida activa de uma forma justa... mas os meus descontos servem para pagar pensões de quem nunca efectuou descontos, servem para pagar pensões de "chicos-espertos" que descontaram ao longo da vida uma ninharia mas que nos últimos anos que eram tidos em consideração para o cálculo da pensão declaravam os seus salários reais ou ainda daqueles que com poucos anos de trabalho lhes foi oferecida uma reforma como se tivessem descontado uma vida inteira.

No fundo, ando a substituir a função do Estado de garantir uma pensão social aos que nunca efectuaram descontos que, na minha opinião, deveria ser garantida através dos impostos e não recorrendo aos descontos para efeitos de aposentação daqueles que trabalham... ando a suportar pensões de abusadores do sistema, alguns coniventes com o Estado (ou não fossem eles a certa altura parte integrante do Estado, legislando em benefício próprio) e outros que a fiscalização do Estado não detectou ou não quis detectar...

Afirma o Sr. Primeiro Ministro que se trata de um sistema mais justo, mas não explica que justiça é essa onde eu descontando mais que o meu pai ou o meu avô (considerando a actualização da inflação e o crescimento da economia nos descontos) e trabalhando mais anos que eles, resulta numa pensão inferior para mim...

Que justiça pode existir quando actualmente entre um pensionista e um trabalhador que recebam o mesmo montante em termos brutos, o pensionista "leva" mais para casa (mesmo retirando o desconto para a reforma que o aposentado deixa de efectuar... e mesmo que o trabalhador tenha filhos a seu cargo...).

Acho que em questões destas não devem ser os políticos a decidir... eu preferia que os meus descontos fossem aplicados num plano de capitalização por forma a garantir a minha pensão no futuro. Assim, estou dependente das decisões tomadas por pessoas a quem não reconheço capacidades técnicas nem bom senso para decidir...

Senão vejamos, temos sido bombardeados com a discussão da capitalização ou não da segurança social, sendo a capitalização entendida como entrega dos descontos efectuados por todos nós a privados na forma de aplicações financeiras. A mim, pouco me interessa se é o Estado ou o sector privado a capitalizar, o que eu quero é que os meus descontos rendam o máximo possível de retorno. Mas o que nós assistimos é a confrontos entre políticos esgrimindo argumentos de direita liberal ou de esquerda social, não interessa discutir qual a melhor solução, interessa arrasar o proposto pela outra cor política sem recorrer a qualquer explicação lógica, mas somente pela origem da mesma...

O melhor é ir-me mentalizando para trabalhar até aos 90 anos... se lá conseguir chegar...

terça-feira, outubro 10, 2006

 

A "fauna" dos ginásios...

Dorido e cansado... mas cá estou eu como prometido!

Sim, que eu não sou político, para mim, o que hoje é mentira não passa a ser verdade amanhã... ou vice-versa...

Hoje vou opinar sobre ginásios e a "fauna" que por lá circula. E é uma boa altura para falar acerca disso porque já passou a febre "summer gym"! Aquele grupo de pessoas que corre para o ginásio em Março/Abril porque o verão se aproxima e é preciso perder aqueles quilinhos inestéticos...

Quando chegamos ao ginásio deparamos-nos logo com o casalinho de modelos que nos cumprimentam como se fizéssemos parte da família, embora lá naquelas cabecinhas ocas deva passar um churrilho de impropérios específico para cada um dos clientes... sim, que andar a passar cartões no computador e distribuir toalhas durante todo o dia não deve ser intelectualmente muito estimulante...

Depois dirigimos-nos aos balneários para nos equipar a preceito. Aqui deambulam os exibicionistas que circulam todos nus pelo meio do pessoal e os hiper tímidos que até para o chuveiro entram vestidos...

Equipados vamos para o ginásio propriamente dito e aqui somos rodeados de uma multiplicidade de pessoas fascinantes:

Temos os avô e a avó que fizeram o exercício do mês no seu esforço de deslocação para o ginásio e na necessária troca de roupa, que depois se arrastam e se acomodam nas bicicletas ou em alguma máquina que tenha uma cadeirinha com encosto para recuperarem do esforço dispendido para ali chegarem...

Temos a tia que demora 2 horas a arranjar-se, que consegue carregar quilos e quilos de maquilhagem e acessórios que vão desde a pulseirinha no tornozelo, passam pelas milhares de pulseiras nos braços e centenas de fios ao pescoço e acabam nos sempre indispensáveis brincos. Normalmente demoram cerca de 4 horas e uns minutos, sendo 2 horas para a fase pré ginásio (é preciso estar minimamente arranjada), alguns minutos para o ginásio (umas voltas entre os aparelhos, umas conversas com os instrutores e 2 ou 3 pedaladas na bicicleta) e mais 2 horas para se arranjarem novamente para se ir embora...

Temos o culturista, com aquele corpo todo bem torneado, que come aquelas barras com aspecto duvidoso e bebe aquelas bebidas fluorescentes, que malha a sério, e onde, normalmente, o tamanho dos músculos é inversamente proporcional ao tamanho do cérebro (posso estar descansado porque só cerca de 0.01% deles percebe o que eu acabei de dizer...)

Temos a menina boa que veste uma indumentária colada ao corpinho jeitoso, que usa tanguinha e que gosta de se exercitar naquelas máquinas que obrigam a posições próprias do kamasutra. Normalmente são difíceis de observar porque se encontram ocultadas pelos culturistas que se tentam exibir para elas e lhes andam a tentar bater o coiro...

Temos a boa menina que veste uma indumentária que mais parece um pijama (nalguns casos pode ser mesmo o pijama!), calças e camisola largas para não se conseguir ver as curvas... Normalmente têm um mp3 para passarem despercebidas e não as incomodarem...

Temos ainda os instrutores, putos que tiram uns cursos rápidos mas que pensam que são os maiores e que conseguem ser "experts" em incomodar uma pessoa quando se encontra a meio de algum exercício com conversa da treta (ATENÇÃO: estar a fazer exercício com uns auscultadores colocados não afasta estes artistas), sempre na tentativa de chular alguém com o "personal training" ou qualquer novo programa de aconselhamento que inventaram na última semana e para o qual garantem ter sempre resultados...

Finalmente temos o pessoal que se limita a ir ao ginásio para ver se perde uns quilinhos (vamos lá a ver se é desta), que não se preocupa muito com o que veste (NOTA: da próxima vez não levar os calções amarelos com a camisola esverdeada), que deseja passar algum tempo a fazer exercício em vez de ficar abancado no sofá a fazer zapping (sempre poupo nas pilhas do telecomando)...

Enfim.... tou a pensar voltar lá na quarta-feira!

segunda-feira, outubro 09, 2006

 

Nasceu hoje!!!

É verdade!!! Nasceu hoje!!!
Agora vamos ver quanto tempo é que dura...

Sim, que isto de opinar não é fácil, é preciso assunto (que existe aí a pontapé) e, principalmente, tempo (o grande problema).

Mesmo assim, vou fazer um esforço para ir opinando, de preferência, opinando bem e tentando não ter demasiado tempo entre opiniões.

Hoje também é dia de recomeçar o ginásio, para o qual é preciso tempo (que se arranja com algum esforço) e, principalmente, vontade (o grande problema).

Vou para o ginásio. Amanhã, se estiver em condições físicas que o permitam, iniciarei as minhas opiniões.


This page is powered by Blogger. Isn't yours?