quarta-feira, outubro 11, 2006
Pensões de reforma...
Em primeiro lugar, não vou hoje ao ginásio... é que joga a selecção, mas se tudo correr bem vou amanhã sem falta...
Agora sim, vamos opinar sobre a complexa temática das pensões de reforma. Desde logo convém esclarecer que não sou apologista do princípio da solidariedade intergeracional defendida pelos seguidores do chamado modelo social europeu...
O Sr. Primeiro Ministro explica todo sorridente que é justo que eu pague a pensão do meu pai e o meu filho pague a minha, mas porque a minha esperança de vida é maior que a do meu pai é justo que a percentagem do salário na minha pensão seja mais baixa do que a dele e que a do meu filho seja menor que a minha, pois a sua vida será mais longa... Ao Sr. Primeiro Ministro eu digo que prefiro que os meus descontos se destinem a garantir a minha reforma no futuro e não a pagar a reforma dos meus antecessores...
Eu até poderia concordar com o Sr. Primeiro Ministro se os meus descontos servissem para pagar a pensão daqueles que trabalharam e descontaram durante a sua vida activa de uma forma justa... mas os meus descontos servem para pagar pensões de quem nunca efectuou descontos, servem para pagar pensões de "chicos-espertos" que descontaram ao longo da vida uma ninharia mas que nos últimos anos que eram tidos em consideração para o cálculo da pensão declaravam os seus salários reais ou ainda daqueles que com poucos anos de trabalho lhes foi oferecida uma reforma como se tivessem descontado uma vida inteira.
No fundo, ando a substituir a função do Estado de garantir uma pensão social aos que nunca efectuaram descontos que, na minha opinião, deveria ser garantida através dos impostos e não recorrendo aos descontos para efeitos de aposentação daqueles que trabalham... ando a suportar pensões de abusadores do sistema, alguns coniventes com o Estado (ou não fossem eles a certa altura parte integrante do Estado, legislando em benefício próprio) e outros que a fiscalização do Estado não detectou ou não quis detectar...
Afirma o Sr. Primeiro Ministro que se trata de um sistema mais justo, mas não explica que justiça é essa onde eu descontando mais que o meu pai ou o meu avô (considerando a actualização da inflação e o crescimento da economia nos descontos) e trabalhando mais anos que eles, resulta numa pensão inferior para mim...
Que justiça pode existir quando actualmente entre um pensionista e um trabalhador que recebam o mesmo montante em termos brutos, o pensionista "leva" mais para casa (mesmo retirando o desconto para a reforma que o aposentado deixa de efectuar... e mesmo que o trabalhador tenha filhos a seu cargo...).
Acho que em questões destas não devem ser os políticos a decidir... eu preferia que os meus descontos fossem aplicados num plano de capitalização por forma a garantir a minha pensão no futuro. Assim, estou dependente das decisões tomadas por pessoas a quem não reconheço capacidades técnicas nem bom senso para decidir...
Senão vejamos, temos sido bombardeados com a discussão da capitalização ou não da segurança social, sendo a capitalização entendida como entrega dos descontos efectuados por todos nós a privados na forma de aplicações financeiras. A mim, pouco me interessa se é o Estado ou o sector privado a capitalizar, o que eu quero é que os meus descontos rendam o máximo possível de retorno. Mas o que nós assistimos é a confrontos entre políticos esgrimindo argumentos de direita liberal ou de esquerda social, não interessa discutir qual a melhor solução, interessa arrasar o proposto pela outra cor política sem recorrer a qualquer explicação lógica, mas somente pela origem da mesma...
O melhor é ir-me mentalizando para trabalhar até aos 90 anos... se lá conseguir chegar...
Agora sim, vamos opinar sobre a complexa temática das pensões de reforma. Desde logo convém esclarecer que não sou apologista do princípio da solidariedade intergeracional defendida pelos seguidores do chamado modelo social europeu...
O Sr. Primeiro Ministro explica todo sorridente que é justo que eu pague a pensão do meu pai e o meu filho pague a minha, mas porque a minha esperança de vida é maior que a do meu pai é justo que a percentagem do salário na minha pensão seja mais baixa do que a dele e que a do meu filho seja menor que a minha, pois a sua vida será mais longa... Ao Sr. Primeiro Ministro eu digo que prefiro que os meus descontos se destinem a garantir a minha reforma no futuro e não a pagar a reforma dos meus antecessores...
Eu até poderia concordar com o Sr. Primeiro Ministro se os meus descontos servissem para pagar a pensão daqueles que trabalharam e descontaram durante a sua vida activa de uma forma justa... mas os meus descontos servem para pagar pensões de quem nunca efectuou descontos, servem para pagar pensões de "chicos-espertos" que descontaram ao longo da vida uma ninharia mas que nos últimos anos que eram tidos em consideração para o cálculo da pensão declaravam os seus salários reais ou ainda daqueles que com poucos anos de trabalho lhes foi oferecida uma reforma como se tivessem descontado uma vida inteira.
No fundo, ando a substituir a função do Estado de garantir uma pensão social aos que nunca efectuaram descontos que, na minha opinião, deveria ser garantida através dos impostos e não recorrendo aos descontos para efeitos de aposentação daqueles que trabalham... ando a suportar pensões de abusadores do sistema, alguns coniventes com o Estado (ou não fossem eles a certa altura parte integrante do Estado, legislando em benefício próprio) e outros que a fiscalização do Estado não detectou ou não quis detectar...
Afirma o Sr. Primeiro Ministro que se trata de um sistema mais justo, mas não explica que justiça é essa onde eu descontando mais que o meu pai ou o meu avô (considerando a actualização da inflação e o crescimento da economia nos descontos) e trabalhando mais anos que eles, resulta numa pensão inferior para mim...
Que justiça pode existir quando actualmente entre um pensionista e um trabalhador que recebam o mesmo montante em termos brutos, o pensionista "leva" mais para casa (mesmo retirando o desconto para a reforma que o aposentado deixa de efectuar... e mesmo que o trabalhador tenha filhos a seu cargo...).
Acho que em questões destas não devem ser os políticos a decidir... eu preferia que os meus descontos fossem aplicados num plano de capitalização por forma a garantir a minha pensão no futuro. Assim, estou dependente das decisões tomadas por pessoas a quem não reconheço capacidades técnicas nem bom senso para decidir...
Senão vejamos, temos sido bombardeados com a discussão da capitalização ou não da segurança social, sendo a capitalização entendida como entrega dos descontos efectuados por todos nós a privados na forma de aplicações financeiras. A mim, pouco me interessa se é o Estado ou o sector privado a capitalizar, o que eu quero é que os meus descontos rendam o máximo possível de retorno. Mas o que nós assistimos é a confrontos entre políticos esgrimindo argumentos de direita liberal ou de esquerda social, não interessa discutir qual a melhor solução, interessa arrasar o proposto pela outra cor política sem recorrer a qualquer explicação lógica, mas somente pela origem da mesma...
O melhor é ir-me mentalizando para trabalhar até aos 90 anos... se lá conseguir chegar...