quarta-feira, dezembro 27, 2006
Ano Novo, Vida Nova...
Frase feita, mas que às vezes se pode aplicar literalmente...
E é esse o meu caso, vou iniciar neste novo ano que se aproxima rapidamente uma nova etapa na minha carreira profissional... conhecer novas pessoas, aprender coisas novas e, sim, ganhar mais alguns cobres se tudo correr bem...
Por outro lado, vai-me obrigar a uma dedicação maior, que não sinónimo de dedicação exclusiva, porque a vida tem que ser vivida enquanto andamos por cá...
Quer isto dizer que a frequência dos meus posts poderá ser afectada, mas não a frequência dos meus comentários aos vossos...
Vou continuar por aqui, a fazer-vos lembrar que eu me lembro de vocês...
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Desejos!!!
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Bocage...
A forma como, actualmente, se perspectiva Bocage é mutiladora e parcelar. Com efeito, apenas uma parte da sua obra é conhecida...
No que diz respeito à sua poesia, normalmente apenas se têm em consideração os sonetos, bem como as composições de carácter erótico e satírico. Poucos são os que estão cientes da actividade de Bocage como tradutor, permanecendo igualmente desconhecidos os seus poemas compostos para serem musicados e as suas breves incursões no âmbito dramático...
Deste modo, a avaliação da obra de Bocage é, por vezes, feita a partir de conceitos redutores que a empobrecem sobremaneira... confundindo erotismo com pornografia vinculam o poeta a mais um estigma... outro estereótipo que menoriza o poeta prende-se com o extenso anedotário que lhe é atribuído. A generalidade da população identifica Bocage com muitas anedotas que proliferaram na nossa sociedade...
Lá quando em mim perder a humanidade
“Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi-gratia – o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:
Não quero funeral comunidade,
que engrole sub-venites em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
"Aqui dorme Bocage, o putanheiro:
Passou a vida folgada, e milagrosa:
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro."
Para Bocage, tudo passava pelo crivo da razão, não havendo personalidades ou verdades intocáveis, facto potenciado por um humor corrosivo e pelo sentido do ridículo que o escritor tão destramente manipulava... faleceu no dia de hoje no ano de 1805, na cidade de lisboa...
Etiquetas: bocage
Orgasmo global sincronizado pela paz mundial
Temos assistido ao longo dos tempos a muitas manifestações a favor da paz mundial... no entanto, dois activistas de 76 e 55 anos chegaram à conclusão que a melhor maneira de reclamar o fim da guerra seria através de um onda de energia humana orgásmica...
A ideia é que no dia de amanhã, um elevado número de pessoas tenham relações sexuais, originando um orgasmo simultâneo... nessa altura, os pensamentos e toda a energia devem ser canalizados num único sentido: pensamentos pacíficos...
A iniciativa é dirigida a homens e mulheres de todo o mundo, em particular dos países que possuem armas de destruição massiva...
Para que ninguém se atrase em relação ao momento de conjugação do prazer, no topo do site existe uma indicação da contagem descrescente para o orgasmo mundial sincronizado...
Por isso amanhã meninas, venham ter comigo que eu sou um norte–coreano cheio de armas de destruição massiva...
Etiquetas: orgasmo
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Comunicado Oficial!!!
É para levar ao conhecimento dos poucos (mas bons) visitantes assíduos deste blog que o mesmo já se encontra actualizado para a nova versão blogger...
Pedimos desculpas pelas dificuldades técnicas temporárias a que somos totalmente alheios!!!
P.S. E vejam lá se dão uma ajudinha a atingir o mítico número das mil visitas...
P.S.2 Verifiquei agora que uma boa parte dos comentários efectuados passaram a comentários anonymous... mais uma vez pedimos desculpas pelo facto a que somos totalmente alheios!!!
Lamb - Gabriel
É apenas uma música para vocês não se esquecerem que eu não me esqueço de vocês...
terça-feira, dezembro 19, 2006
Chris Martin - Have Yourself A Merry Little Christmas
Tive imensa dificuldade para encontrar esta versão deste clássico de natal...
Adoro esta interpretação e também uma outra da Diana Krall que vai ficar para outro destes dias natalícios...
P.S. Não liguem ao vídeo...
Natal...
No natal em minha casa, a partir do momento em que as crianças souberam a verdade sobre o pai natal, passou a existir uma tradição... o meu pai, após a ceia, colocava um barrete vermelho de pai natal, e com um ajudante (inicialmente eu... depois a minha irmã e nos tempos mais recentemente os sobrinhos) procedia à distribuição das prendas...
Como normalmente o natal na minha casa sempre foi bastante participado, era um momento que se prolongava e que todos desfrutavam com alegria...
Apesar de nos seus últimos natais o pai natal de serviço se ter prontificado a passar o barrete ao seu ajudante inicial, prontamente declinei a oferta... para mim o pai natal de serviço teria sempre que ser o meu pai... e o resto da família concordava comigo...
E acreditem que não é tarefa fácil, conseguir conjugar a distribuição das prendas de forma a contentar todos (fossem as crianças que ficavam impacientes quando se demorava uns segundos a mais na entrega de uma das suas prendas... mas também aqueles que ficavam impacientes para que a sua prenda fosse entregue para ver a expressão da pessoa que a recebia...) e depois temos ainda os problemas de caligrafia (normalmente dos avós...) que tornam a tarefa de decifrar o destinatário da prenda e o ofertante da mesma numa tarefa quase impossível...
Infelizmente à uns natais atrás fui obrigado a ter que passar a realizar a tarefa que já declinava fazia uns anos... apesar de se ter colocado a hipótese de acabar com aquela tradição, não concordei... no meu pensamento, continuar a tradição seria uma forma de fazer perdurar a presença do pai natal original nos nossos natais...
Por isso, aproveitem o vosso natal da melhor maneira... desfrutem da companhia daqueles de quem vocês gostam... e aproveitem como se não houvesse amanhã...
Como normalmente o natal na minha casa sempre foi bastante participado, era um momento que se prolongava e que todos desfrutavam com alegria...
Apesar de nos seus últimos natais o pai natal de serviço se ter prontificado a passar o barrete ao seu ajudante inicial, prontamente declinei a oferta... para mim o pai natal de serviço teria sempre que ser o meu pai... e o resto da família concordava comigo...
E acreditem que não é tarefa fácil, conseguir conjugar a distribuição das prendas de forma a contentar todos (fossem as crianças que ficavam impacientes quando se demorava uns segundos a mais na entrega de uma das suas prendas... mas também aqueles que ficavam impacientes para que a sua prenda fosse entregue para ver a expressão da pessoa que a recebia...) e depois temos ainda os problemas de caligrafia (normalmente dos avós...) que tornam a tarefa de decifrar o destinatário da prenda e o ofertante da mesma numa tarefa quase impossível...
Infelizmente à uns natais atrás fui obrigado a ter que passar a realizar a tarefa que já declinava fazia uns anos... apesar de se ter colocado a hipótese de acabar com aquela tradição, não concordei... no meu pensamento, continuar a tradição seria uma forma de fazer perdurar a presença do pai natal original nos nossos natais...
Por isso, aproveitem o vosso natal da melhor maneira... desfrutem da companhia daqueles de quem vocês gostam... e aproveitem como se não houvesse amanhã...
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Shrek 3 Trailer
Só precisamos de esperar mais um bocadinho...
Expliquem-me... se conseguirem...
Uma mulher acusada de ter deixado morrer à fome o seu filho de 6 anos, foi condenada a 8 anos de prisão...
Segundo o colectivo de juízes ficou comprovado que a criança morreu de deficiência alimentar prolongada... tendo a arguida demonstrado desinteresse na sorte do filho... permitindo um estado de desnutrição, consequência de um processo que se arrastou durante meses... a arguida era capaz e tinha condições para alimentar o filho... apesar de se ter apercebido da degradação do corpo do filho, não pôs termo à sua intenção criminosa...
Qualificando o crime de especial censurabilidade e perversidade... afirmando que a arguida demonstrou uma insensibilidade chocante... o colectivo de juízes condenou esta mulher por homicídio qualificado a 8 anos de prisão...
A arguida andou fugida 17 anos... apesar do ministério público alegar o risco de fuga, o colectivo de juízes decidiu que esta condenação não justificava prisão preventiva...
Ficamos assim a saber que para a justiça portuguesa, matar uma criança deficiente de 6 anos à fome de uma forma bárbara, com nítidos requintes de sadismo, falta de pingo de consciência ou quaisquer valores morais, vale 8 anos de prisão... e nem merece prisão preventiva...
Não consigo perceber a justiça portuguesa...
Segundo o colectivo de juízes ficou comprovado que a criança morreu de deficiência alimentar prolongada... tendo a arguida demonstrado desinteresse na sorte do filho... permitindo um estado de desnutrição, consequência de um processo que se arrastou durante meses... a arguida era capaz e tinha condições para alimentar o filho... apesar de se ter apercebido da degradação do corpo do filho, não pôs termo à sua intenção criminosa...
Qualificando o crime de especial censurabilidade e perversidade... afirmando que a arguida demonstrou uma insensibilidade chocante... o colectivo de juízes condenou esta mulher por homicídio qualificado a 8 anos de prisão...
A arguida andou fugida 17 anos... apesar do ministério público alegar o risco de fuga, o colectivo de juízes decidiu que esta condenação não justificava prisão preventiva...
Ficamos assim a saber que para a justiça portuguesa, matar uma criança deficiente de 6 anos à fome de uma forma bárbara, com nítidos requintes de sadismo, falta de pingo de consciência ou quaisquer valores morais, vale 8 anos de prisão... e nem merece prisão preventiva...
Não consigo perceber a justiça portuguesa...
De boas intenção... nós já sabemos, encontra-se o inferno cheio!!!
Joana amaral dias, psicóloga, uma das mulheres (além de ser gira) de quem eu gosto de ler as opiniões (à semelhança de fernanda câncio), não por me considerar próximo da sua veia ideológica, mas porque, normalmente, conseguem transmitir um pensamento estruturado que nos deixa a pensar... e tudo o que nos faz pensar acho que é uma contribuição positiva!!!
Mas, dizia eu, joana amaral dias pegou também no outdoor do movimento do não, para fazer um pequeno exercício de afirmação do sim...
"Porque tomo a discussão sobre o aborto como séria e necessária, não posso deixar de debater esta mensagem, embora não seja esta a questão que vai a referendo. Independentemente da posição individual de cada cidadão sobre a IVG, o que vai ser referendado é a liberdade de escolha" afirma...
E desenvolve... "A pergunta "Quando começa a vida?" é complexa e pode ser perspectivada sobre vários pontos de vista. Biológico, médico, jurídico, filosófico, ético, moral, religioso. E dão-se respostas opostas, contraditórias e interessantes em todos estes ângulos. Contudo, colocar no mesmo patamar a vida do feto e a vida da mulher é falacioso. Desde logo porque a vida da mulher é uma vida autónoma, enquanto a vida do feto é uma vida potencial. Tanto assim é que se o leitor imaginar que há um fogo numa clínica de fertilidade e que ou salva cem balões de ensaio - cada um com um ovo humano acabado de fecundar - ou salva um bebé recém--nascido, certamente que não hesitará"...
Finalmente, "Se os defensores do "não" equivalem a vida fetal à vida autónoma, deviam defender, sem tréguas ou excepções, não apenas o julgamento e prisão das mulheres ou casais que abortam, como a vigência de penas semelhantes ao infanticídio para tais criminosos. E talvez até preferissem salvar cem balões de ensaio"...
Mais uma vez, a defesa do sim é feita através da tentativa de desvalorizar pela contradição aqueles que defendem o não...
Mas, debrucemos nos sobre algumas das ideias da joana amaral dias... todos sabemos qual é a pergunta que vai a referendo, mas porquê esta fixação dos defensores do sim em afirmar todos os dias que não é a questão da vida, ou o início dela que está em causa... que o que está em causa é a liberdade de escolha...
Não poderão os partidários do sim aceitar que existam pessoas que considerem que o início da vida se dá com a fecundação... ora, para estas pessoas, o que está a referendo é a liberdade de escolha, a liberdade de escolha de alguém poder matar outro ser... o que está a referendo é a vida... poderão não concordar, poderão argumentar com definições de vidas autónomas e vidas potenciais, mas não podem afastar, porque lhes convém, uma das condicionantes mais decisivas na tomada de decisão face à questão do aborto...
Relativamente ao início da vida, é verdade que a perspectiva sob cada ponto de vista é oposta e contraditória... e isso passa-se porque a verdade absoluta sobre o início da vida ainda não existe... ninguém conseguiu ainda definir sem dúvidas a partir de que momento existe vida... não se conseguindo definir, não existem perspectivas mais correctas ou menos correctas... não podemos querer afastar um ponto de vista diferente apenas porque não nos dá muito jeito para o resultado que desejamos...
No que se refere ao exemplo utilizado pela joana amaral dias, acho que o mesmo não foi lá muito bem conseguido... diz ela que existindo um fogo numa clínica de fertilidade e perante a escolha de salvar entre um recém nascido e salvar cem balões de ensaio com óvulos fecundados não haveria hesitações... e que os defensores do não, para serem coerentes, teriam que optar pela escolha dos cem balões de ensaio...
Como partidário do não (o que não é sinónimo de defensor...), permitam-me que aponte algumas incoerências no seu exemplo... desde logo, porque desejou comparar o incomparável... vejamos, tentou joana amaral dias comparar uma clinica de fertilização onde existia um recém-nascido (vida autónoma) e balões de ensaio com óvulos fecundados (vida potencial) com uma gravidez em que existe uma mulher grávida (vida autónoma) e um feto (vida potencial)...
Eu compreendo a tentativa, mas, sinceramente, acho que falhou rotundamente...
Encontrando-se em risco recém-nascido e balões de ensaio, não existem dúvidas que, na impossibilidade de salvamento de ambos, qualquer pessoa, partidária do não ou do sim, optaria por salvar a criança... tal como encontrando-se em risco a mulher grávida e o ser que esta porta dentro de si, na impossibilidade de salvar ambos, a opção seria sempre o salvamento da mulher...
E esta opção encontra-se de acordo com o que se encontra previsto na actual lei em vigor... não existem dúvidas que, em caso de risco de vida, a vida autónoma terá precedência sobre a vida potencial... agora, querer comparar uma gravidez normal com uma gravidez de risco (o tal fogo na clínica), não me parece correcto... o que joana amaral dias não percebe (ou percebe porque é uma mulher inteligente mas não lhe interessa abordar...), é que existem pessoas, que embora aceitem que uma vida autónoma não é o mesmo que uma vida potencial, não concordam que uma vida por ser autónoma possa dispor como bem entender de uma vida potencial...
Se conseguirem afastar do debate o problema subjacente a esta questão, que face à inexistência de resposta científica esclarecedora, não tem ainda resposta absoluta, o problema de consciência (uma das grandes batalha entre o sim e o não) é afastado... daí o constante relembrar e reafirmar de que o que está em causa é somente a liberdade de escolha...
A honestidade intelectual, ou falta dela, também se pode comprovar nestas pequenas coisas...
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Shane MacGowan - Summer in Siam
O artista é o mesmo do último vídeo... aqui a solo...
"When its summer in siam
And the moon is full of rainbows
When its summer in siam
And we go through many changes
When its summer in siam
Then all I really know
Is that I truly am
In the summer in siam"
Problemas de coração...
A jornalista fernanda câncio volta a opinar num seu artigo de opinião acerca da questão do aborto... desta vez sobre um cartaz do movimento do não...
Afirma a jornalista que “a campanha do Não tenta repetir o que fez em 1998: apostar na ignorância. O Não quer baralhar, desinformar, enganar. Quer reduzir a discussão à escolha entre o sim ao aborto e o não ao aborto, como se fosse essa a opção em causa. É desonesto, mas compreensível”...
Diz ainda que “O simples facto de alguém achar que este outdoor apresenta um bom argumento para convencer indecisos é preocupante”... “Acabar com o bater de um coração é matar - é isso que este outdoor nos quer dizer. Mas diz-nos mais: que uns corações valem e outros não”... “O que este outdoor do Não diz é que não é o facto de o embrião estar vivo que conta, mas como foi concebido. Dificilmente podia ser mais claro sobre as verdadeiras razões do Não e a sua falta de coração”
Mas se a senhora jornalista conseguiu retirar todas as conclusões que conseguiu de um mero e simples cartaz, permita-me que tenha a liberdade de retirar também algumas conclusões da sua apreciação, tecendo algumas considerações acerca da mesma...
Para a senhora jornalista fernanda câncio existem muitos portugueses ignorantes... para a senhora jornalista em 1998 foram votar maioritariamente ignorantes... para a senhora jornalista um mero outdoor poderá convencer um cidadão... para a senhora jornalista só a campanha do sim é que é honesta e quer clarificar, informar, esclarecer...
A senhora jornalista acha preocupante que alguém possa considerar que o outdoor em questão seja um bom argumento para convencer indecisos... gostaria de saber a sua opinião acerca do outdoor em que uma mulher tapada desce umas escadas acompanhada de agentes da autoridade...
No meu ponto de vista, deveriam ser as opiniões e argumentos recolhidos a resultarem numa opção de decisão... cada vez me convenço mais que a maior parte das pessoas envolvidas na discussão da questão do aborto partem com a decisão tomada, e a partir desta criam as opiniões e formulam os argumentos... em vez de uma dinâmica causa – efeito, assistimos à dinâmica inversa, efeito – causa...
Mais engraçado ainda é a campanha e as colunas de opinião estarem a ser efectuadas, não defendendo os méritos da opção assumida, mas antes atacando, denegrindo, achincalhando a parte contrária... ainda não assisti a ninguém do movimento do sim apontar e encontrar-se disponível para discutir uma falha ou um problema que seja decorrente da aprovação da proposta de alteração que se encontra a referendo... também não vejo pessoas do movimento do não admitirem que a sua posição tem lacunas que têm de ser discutidas... parece que afinal sempre existem soluções perfeitas...
Para terminar, senhora jornalista fernanda câncio, falta de instrução ou educação nunca serão sinónimos de ignorância... e pode ficar descansada que não vai ser um outdoor, por mais preocupações que o mesmo lhe possa causar, que vai clarificar a decisão de qualquer português ou portuguesa... olhe, preocupe-se antes com artigos de opinião de honestidade intelectual duvidosa que só pretendem baralhar, desinformar, enganar... tem muito por onde pegar...
Afirma a jornalista que “a campanha do Não tenta repetir o que fez em 1998: apostar na ignorância. O Não quer baralhar, desinformar, enganar. Quer reduzir a discussão à escolha entre o sim ao aborto e o não ao aborto, como se fosse essa a opção em causa. É desonesto, mas compreensível”...
Diz ainda que “O simples facto de alguém achar que este outdoor apresenta um bom argumento para convencer indecisos é preocupante”... “Acabar com o bater de um coração é matar - é isso que este outdoor nos quer dizer. Mas diz-nos mais: que uns corações valem e outros não”... “O que este outdoor do Não diz é que não é o facto de o embrião estar vivo que conta, mas como foi concebido. Dificilmente podia ser mais claro sobre as verdadeiras razões do Não e a sua falta de coração”
Mas se a senhora jornalista conseguiu retirar todas as conclusões que conseguiu de um mero e simples cartaz, permita-me que tenha a liberdade de retirar também algumas conclusões da sua apreciação, tecendo algumas considerações acerca da mesma...
Para a senhora jornalista fernanda câncio existem muitos portugueses ignorantes... para a senhora jornalista em 1998 foram votar maioritariamente ignorantes... para a senhora jornalista um mero outdoor poderá convencer um cidadão... para a senhora jornalista só a campanha do sim é que é honesta e quer clarificar, informar, esclarecer...
A senhora jornalista acha preocupante que alguém possa considerar que o outdoor em questão seja um bom argumento para convencer indecisos... gostaria de saber a sua opinião acerca do outdoor em que uma mulher tapada desce umas escadas acompanhada de agentes da autoridade...
No meu ponto de vista, deveriam ser as opiniões e argumentos recolhidos a resultarem numa opção de decisão... cada vez me convenço mais que a maior parte das pessoas envolvidas na discussão da questão do aborto partem com a decisão tomada, e a partir desta criam as opiniões e formulam os argumentos... em vez de uma dinâmica causa – efeito, assistimos à dinâmica inversa, efeito – causa...
Mais engraçado ainda é a campanha e as colunas de opinião estarem a ser efectuadas, não defendendo os méritos da opção assumida, mas antes atacando, denegrindo, achincalhando a parte contrária... ainda não assisti a ninguém do movimento do sim apontar e encontrar-se disponível para discutir uma falha ou um problema que seja decorrente da aprovação da proposta de alteração que se encontra a referendo... também não vejo pessoas do movimento do não admitirem que a sua posição tem lacunas que têm de ser discutidas... parece que afinal sempre existem soluções perfeitas...
Para terminar, senhora jornalista fernanda câncio, falta de instrução ou educação nunca serão sinónimos de ignorância... e pode ficar descansada que não vai ser um outdoor, por mais preocupações que o mesmo lhe possa causar, que vai clarificar a decisão de qualquer português ou portuguesa... olhe, preocupe-se antes com artigos de opinião de honestidade intelectual duvidosa que só pretendem baralhar, desinformar, enganar... tem muito por onde pegar...
quinta-feira, dezembro 14, 2006
The Pogues and Kirsty MacColl - Fairytale of New York
Hoje não houve muito tempo para desenvolver um post... mas fica aqui esta música, apenas para se lembrarem que eu me lembro de vocês...
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Jose Gonzalez - Heartbeats
Eu gosto deste anúncio e gosto da música (aqui na versão completa) do anúncio...
Estes galeses são loucos...
Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch, localidade com um dos nomes mais compridos do mundo, localizada na ilha de Anglesey no País de Gales, e que em português significa "igreja de Santa Maria no fundão do aveleiro branco perto de um redemoinho rápido e da igreja de São Tisílio da gruta vermelha"... não vale a pena contarem, são 58 letras!!!
http://www.llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch.co.uk, se vos apetecer dar lá um saltinho... já agora ficam sabendo que se tratava do endereço de internet válido mais longo do mundo!!! Sim, porque uma vez que a localidade se encontra dividida em duas zonas (o equivalente à cimeira e fundeira que vemos pelo nosso portugal), a zona alta tem o sufixo uchaf e a zona baixa isaf, logo algum habitante da zona alta rapidamente se lembrou de criar o endereço electrónico http://www.llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogochuchaf.com...
Mas, também no País de Gales, houve alguém com dor de cotovelo que se lembrou de chamar a uma estação de comboio Gorsafawddacha’idraigodanheddogleddollônpenrhynareuthceredigion... (algo do género estação de Mawdach e dos seus dentes de dragão na estrada do norte de Penrhyn na praia dourada da baía de Cardigan) são 68 letras de nome!!!
Já agora, a localidade com o nome mais comprido do mundo é Krungthepmahanakornamornratanakosinmahintarayutthayamahadilokphopnopparatrajathaniburiromudomrajaniwe
smahasatharnamornphimarnavatarnsathitsakkattiyavisanukamprasit... (cuja tradução resulta em algo do tipo a cidade dos anjos, a grande cidade, a cidade das jóias eternas, a impenetrável cidade do Deus Indra, a grande capital do mundo agraciada com nove pedras preciosas, a cidade da alegria, majestoso palácio real da abundância, residência celestial onde reina o deus reincarnado, cidade oferecida por Indra e construída por Vishnukam), 163 letras se não me enganei a contar... mais conhecida por Banguecoque!!!
É caso para dizer que estes galeses e tailandeses são loucos!!!
Quanto ao ranking português, temos:
Medalha de ouro: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico com 46 letras (pessoa acometida por uma doença pulmonar causada pela aspiração de cinzas vulcânicas, chamada pneumoconiose ou pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose);
Medalha de prata: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose com 45 letras;
Medalha de bronze: anticonstitucionalissimamente com 29 letras;
4º lugar: oftalmotorrinolaringologista com 28 letras;
5º lugar: inconstitucionalissimamente com 27 letras.
Refira-se que neste ranking não é considerado o plural das palavras, nem termos químicos (senão tetrabromometacresolsulfonoftaleína, um corante usado em reacções, teria a medalha de bronze com 35 letras).
terça-feira, dezembro 12, 2006
Franz Ferdinand - Walk away
Por acaso aprecio a música destes senhores... aqui fica uma delas...
Mobilidade no trabalho...
Acho que está na altura do engenheiro sócrates se virar para os exemplos dos países emergentes em vez de andar constantemente a invocar o modelo finlandês...
Muito se tem falado da mobilidade no trabalho nos últimos tempos... governo, sindicatos e entidades patronais não se entendem nesta temática... mas existem países onde a mobilidade no trabalho se faz sentir, e de que maneira!!!
Na índia o conceito de mobilidade no trabalho encontra-se bastante desenvolvido (vejam aqui), abrindo novas janelas de oportunidade para trabalhadores e empresários... uma fábrica de processamento de algodão na cidade industrial de coimbatore começou a dar formação aos seus empregados para efectuarem o trabalho em patins, numa aposta para aumentar a produtividade...
Com 21 anos, annam sankaralingam trabalhadora numa destas fábricas da "covilhã" indiana, admitiu que a ideia lhe pareceu um pouco louca ao inicio... "mas agora adoro, sinto-me como se estivesse meio a trabalhar meio a brincar... e o dia de trabalho passa mais rápido..."
O que começou como uma experiência à uns anos atrás, generalizou-se com a distribuição de patins pelos trabalhadores para tornar o trabalho mais divertido, melhorando igualmente os índices de produtividade... um empregado de patins consegue realizar o trabalho de dois operários sem patins...
E se estão preocupados com questões de segurança, ficam informados que os operários estão rodeados das mais avançadas medidas de segurança... que passam por um cinto preso por cordas a calhas no tecto... muito high tech...
E com esta mobilidade no trabalho floresceu uma nova indústria e novos empresários como pavis paramananthan que criou um centro de treino para andar em patins, onde os operários podem adquirir as habilitações necessárias para desempenhar as suas funções nas fábricas... uma mais-valia em qualquer entrevista para emprego naquela região...
Engenheiro sócrates, porque não fornecer um par de patins aos seus ministros, secretários de estado, sub secretários de estado, assessores e demais parasitas, perdão, elementos nomeados politicamente... tudo a bem da produtividade nacional!!!
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Tango...
Celebra-se hoje em buenos aires, na argentina, o dia do tango! O tango é um estilo musical (quem nunca ouviu falar de àstor piazzolla ou carlos gardel...) e uma dança a dois de coreografia complexa...
Apesar de ser pé de chumbo, como já admiti às meninas do kuduro e da kizomba (quando é que querem levar umas valentes pisadelas meninas???), ainda hoje recordo o espectáculo de tango proporcionado pelos bailarinos que actuaram no pavilhão da argentina na nossa expo...
Antecedido por um filme acerca do país que me deixou com o profundo desejo de poder visitar aquele país de contrastes com tempo (e como tempo é dinheiro...) apreciando as pampas, a cordilheira dos andes e o aconcágua com os seus 6960 metros de altura, a patagónia com os leões marinhos e pinguins, ushuaia na tierra del fuego, apelidada de cidade do fim do mundo... assisti depois a um espectáculo de tango que não tenho palavras para descrever e o qual me fez esquecer rapidamente as longas horas de espera pelo mesmo...
Rosas vermelhas significam paixão e amor... será que a simbologia teve origem no tango...
Rapidinhas...
Este weekend foi pródigo em notícias... ou se calhar foi igual aos outros e eu é que tive com mais atenção... ou então com menos que fazer...
Alguém sabe onde fica mouscron??? Bem, alguns benfiquistas devem saber depois de uma eliminatória europeia com a equipa daquela localidade belga... e por que é que mouscron é notícia??? Parece que na última sexta-feira, após o sorteio da chave do euromilhões, alguns habitantes daquela localidade festejaram os 27 milhões de euros do primeiro prémio... mas a alegria delirante não demorou muito a transformou-se em frustração enorme quando descobriram que a responsável pelo registo da chave "premiada" não o havia feito, emitindo, sem avisar o grupo de jogadores, uma chave aleatória escolhida pela máquina... não foram divulgadas mais notícias acerca do estado de saúde da senhora...
Foi em lisboa no parque das nações que durante cinco dias uma equipa de dezassete pessoas montou 125 mil peças de dominó para celebrar (inspirem fundo que é preciso fôlego) o presépio, o pai natal, as crianças e os 250 anos do compositor austríaco wolfgang amadeus mozart... a derrocada deu-se na noite de sábado e parece que veio tudo a baixo... acho que foi uma iniciativa triste e indigna do nosso país!!! Depois da maior árvore de natal da europa, acho que no mínimo se impunha tentar bater o recorde mundial que se encontra nas 4.079.381 peças de dominó...
As portuguesas estão cada vez mais desinibidas (é a sic que o diz não sou eu...). Depois da aeróbica, do step, da hidroginástica, do body pump, do body combat e do pilates... senhoras e senhores, apresento-vos a dança do varão... é ver os ginásios pelo nosso portugal com varão atrás de varão e portuguesas alegremente em acrobacias nos mesmos... mas uma coisa me inquieta o espírito... das duas uma, ou se tratam de cursos de formação profissional e as meninas vão depois entrar na vida activa nos passerelles e champagnes do nosso país ou, ao invés, destina-se a fazer umas sessõezitas amadoras lá em casa... não sei se se passará o mesmo pelos restantes lares do nosso país, mas eu não conheço casas com varão instalado ou sequer com pré-instalação do mesmo... sempre se pode resolver o assunto com uma viagem ao aki mais próximo (faz favor, varões para strip é em que secção???). Pensando melhor, lá em casa existe um varão, mas não é de metal... e não chega ao tecto...
Por último, portugal é campeão europeu de crosse feminino!!! A equipa portuguesa constituída pelas atletas jéssica augusto, anália rosa, leonor carneiro e mónica rosa conseguiu vencer por equipas, embora não tenha colocado nenhuma atleta no pódio... é impressão minha, ou estamos cada vez mais parecidos com aqueles países africanos tipo quénia e etiópia...
P.S. O weekend até estava a correr bem mas engenheiro (o do benfica, não o do governo) fez o favor de estragar a noite de domingo... é um engenheiro (o do governo) a lixar durante a semana e outro engenheiro (o do benfica) a lixar ao fim de semana... é a engenharia do ora agora lixo eu ora agora lixas tu... não há condições!!!
sábado, dezembro 09, 2006
Pedido de desculpas...
Apesar de alheio ao facto (obrigadinho netcabo... há coisas fantásticas não há!!! mas deve ser noutro lado...) venho por este meio pedir a todos vocês desculpa pela interrupção forçada na publicação de posts neste blog, interrupção nas respostas aos vossos comentários e falta de comentários aos posts dos vossos blogs...
Seguimos dentro de momentos no formato habitual... se não houver mais interrupções fantásticas!!!
Obrigado
quinta-feira, dezembro 07, 2006
O SMN...
Que rufem os tambores, soltem-se os foguetes, o engenheiro (o do governo não o do benfica) anunciou os aumentos do smn (salário mínimo nacional) para os próximos anos, resultantes de uma acordo tripartido inédito entre governo, entidades patronais e sindicatos!
Desde logo, louve-se (e não estou a ser irónico!) um acordo alcançado por consenso entre partes com interesses que não podiam ser mais diferentes... é realmente de enaltecer um acordo deste tipo, embora, considere que se está a exagerar...
Vamos lá então analisar a situação: até 2011 o smn vai atingir o valor de 500 euros, crescendo a um ritmo de 5,3% ao ano... mesmo quem não percebe muito de economia tem noção que para aumentar despesas temos que aumentar receitas... será que o crescimento da economia vai ser suficiente para garantir este aumento do smn?
E porque é que será que algumas das economias mais desenvolvidas, ricas, industrializadas e fortes não têm smn... a resposta é porque nesses países deixam funcionar as regras do mercado, ou seja, se existem aumentos de produtividade, estes são repercutidos nos salários, se não existem aumentos de produtividade, não existem aumentos...
Tendo em consideração que as liberalizações do mercado no nosso país resultaram naquilo que todos sabemos, se calhar temos mesmo a necessidade que exista um smn definido por lei...
Mas as entidades patronais vieram já invocar que esta concessão no campo do smn (apelidado de sacrifício necessário...) vai ter que ser compensado na revisão da lei do trabalho... possivelmente essas cedências até já estarão negociadas com o governo... vamos esperar para ver...
Além disso, os valores propostos são apenas isso mesmo, propostas, uma vez que haverá uma comissão tripartida responsável por fazer uma análise e emitir um parecer anual, por forma a monitorizar os impactos da evolução do smn, nos sectores e/ou regiões com maior expressão de baixas remunerações e/ou mais expostos à concorrência internacional... vamos também esperar para ver o que isto quererá dizer...
Eu costumo fazer um pequeno exercício hipotético: para um empresário será preferível ter 20 funcionários a receber 500 euros mensais ou ter 25 a receber 400 euros... depois coloca-se a questão do ponto de vista do trabalhador: é preferível receber menos, mas manter o posto de trabalho ou receber mais e acabar no desemprego...
E quem terá razão, o engenheiro e alguns economistas que defendem que esta aumento do smn não tem impacto na competitividade das empresas... ou as entidades patronais que defendem exactamente o contrário...
Eu considero que em certos sectores, este aumento resultará na precarização da relação laboral... a questão aqui é se existe uma "almofada" para garantir estes aumentos... nalguns sectores considero que não... noutros, é claro que existe e tem sido indevidamente apropriada pelas entidades patronais...
Desde logo, louve-se (e não estou a ser irónico!) um acordo alcançado por consenso entre partes com interesses que não podiam ser mais diferentes... é realmente de enaltecer um acordo deste tipo, embora, considere que se está a exagerar...
Vamos lá então analisar a situação: até 2011 o smn vai atingir o valor de 500 euros, crescendo a um ritmo de 5,3% ao ano... mesmo quem não percebe muito de economia tem noção que para aumentar despesas temos que aumentar receitas... será que o crescimento da economia vai ser suficiente para garantir este aumento do smn?
E porque é que será que algumas das economias mais desenvolvidas, ricas, industrializadas e fortes não têm smn... a resposta é porque nesses países deixam funcionar as regras do mercado, ou seja, se existem aumentos de produtividade, estes são repercutidos nos salários, se não existem aumentos de produtividade, não existem aumentos...
Tendo em consideração que as liberalizações do mercado no nosso país resultaram naquilo que todos sabemos, se calhar temos mesmo a necessidade que exista um smn definido por lei...
Mas as entidades patronais vieram já invocar que esta concessão no campo do smn (apelidado de sacrifício necessário...) vai ter que ser compensado na revisão da lei do trabalho... possivelmente essas cedências até já estarão negociadas com o governo... vamos esperar para ver...
Além disso, os valores propostos são apenas isso mesmo, propostas, uma vez que haverá uma comissão tripartida responsável por fazer uma análise e emitir um parecer anual, por forma a monitorizar os impactos da evolução do smn, nos sectores e/ou regiões com maior expressão de baixas remunerações e/ou mais expostos à concorrência internacional... vamos também esperar para ver o que isto quererá dizer...
Eu costumo fazer um pequeno exercício hipotético: para um empresário será preferível ter 20 funcionários a receber 500 euros mensais ou ter 25 a receber 400 euros... depois coloca-se a questão do ponto de vista do trabalhador: é preferível receber menos, mas manter o posto de trabalho ou receber mais e acabar no desemprego...
E quem terá razão, o engenheiro e alguns economistas que defendem que esta aumento do smn não tem impacto na competitividade das empresas... ou as entidades patronais que defendem exactamente o contrário...
Eu considero que em certos sectores, este aumento resultará na precarização da relação laboral... a questão aqui é se existe uma "almofada" para garantir estes aumentos... nalguns sectores considero que não... noutros, é claro que existe e tem sido indevidamente apropriada pelas entidades patronais...
Uma coisa é certa, o tempo das empresas portuguesas manterem a sua competitividade por via dos salários baixos chegou ao fim... e não é por causa do aumento do smn agora definido, é por causa dos países emergentes com pessoal mais qualificado e mais produtivo, disposto a receber salários mais baixos que os portugueses que estão a arrasar (felizmente com algumas excepções!) com o que ainda resta da indústria portuguesa...
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Keane - Is It Any Wonder
Como andam por aí falando de maravilhas...
Sim, novamente a IVG...
Já começaram a florescer que nem cogumelos na floresta depois de uma noite diluviana vários posts sobre a temática do aborto... temos que nos ir habituando... vou aqui opinar acerca de algumas opiniões neles contidas...
Começo com uma destas, infelizmente muito corrente, que defende que nunca deveria ter havido referendo, sendo que alguns mais radicais defendem mesmo que apesar de já ter havido um referendo não haveria "necessidade" de realizar um agora... seria tudo feito no parlamento, onde, refira-se, os senhores deputados não precisam do fim-de-semana de sol para escaparem a uma votação (passem pelo canal parlamento de vez em quando e vejam... as cadeiras vazias!). Sim, para quê deixar os portugueses decidirem, esses gajos nem conseguem perceber os benefícios que estão em causa que são tão claros e óbvios para todos e ainda fazem como da outra vez e não vão votar, preferindo ir para a praia... (ora tomem lá que o cavaco marcou o referendo para fevereiro, por isso nada de praia, e lembrou-se de marcar para o fim-de-semana antes do carnaval!!!). Democracia, os eleitores a terem o poder de decisão nas suas mãos, onde é que já se viu isso! Atestados de estupidez ou menoridade intelectual, não obrigado!
Em seguida temos os defensores da retirada de consequências políticas do resultado do referendo, caso este seja não vinculativo... se a decisão dos portugueses for pelo sim, mas não votem 50% mais um eleitores, o parlamento deve, mesmo assim, legislar... mas nesse caso, não deveriam os deputados estar quietinhos, no respeito pelas consequências políticas a retirar do referendo de 1998... ou só devemos retirar consequências políticas dos resultados que nos convêm...
A constituição estabelece que o resultado do referendo só é vinculativo quando votarem 50% mais um dos eleitores... não gostam, mudem o estabelecido na lei (e para mudar a constituição ainda não são precisos referendos...), mas não a atropelem... fico com a sensação que teríamos referendos até o resultado ser a vitória do sim e só existirão consequências políticas a retirar caso seja o sim a vencer...
Depois, vem a tentativa de reduzir o assunto a um único aspecto, a única coisa que está em causa é a despenalização da mulher que aborta e nada mais, ponto final parágrafo. Qualquer fenómeno resulta de múltiplas variantes... como é que pessoas com formação em sociologia conseguem dizer uma barbaridade destas... é como dizer, com as devidas distâncias, que quando votamos para as legislativas só estamos a escolher deputados, não existem programas eleitorais, não existe um primeiro-ministro, propostas ou políticas a levar em consideração... mas compreendo este ponto de vista, evita debater problemas associados que não interessa discutir.
Até ao dia de hoje só uma rapariga shy de um blog menageiro conseguiu transmitir-me um argumento 100% válido justificativo de uma opção verdadeiramente livre pelo aborto: quando uma mulher toma todas as precauções para evitar a gravidez e os métodos anticonceptivos falham... num dos posts da menina até encontramos um interessante e curioso exercício matemático acerca da probabilidade de uma gravidez indesejada acontecer a uma mulher que tomou todas as medidas para evitar essa mesma gravidez.
Com somente este argumento em mente, eu votaria sim... sem qualquer dúvida! Mas a minha consciência e o que assistimos no dia a dia não o permite...
Não o permite porque passaram mais de oito anos sobre o último referendo e nada foi feito pela evolução da educação sexual dos portugueses... admite-se que jovens tenham noções disparatadas sobre a sexualidade em pleno séc.XXI... admite-se que uma cidadã recorra a um centro de saúde para uma consulta de planeamento familiar e lhe sejam negados os meios contraceptivos porque não se fez acompanhada do boletim de saúde... (quer preservativos, só depois de ver que está com a vacina do tétano em dia menina!!!)... admite-se que meios contraceptivos custem o que custam no nosso país, enquanto noutros países são distribuídos gratuitamente...
Não o permite porque passaram mais de oito anos sobre o último referendo e nada foi feito pela protecção da mulher grávida... admite-se uma mulher grávida ter que fazer quilómetros e mais quilómetros pelas estradas portuguesas, com a sua reconhecida qualidade, para ter acesso a uma maternidade e ter um filho em segurança... admite-se uma mulher ser discriminada no trabalho porque toma a decisão de ter um filho... admite-se que não sejam garantidas as condições de dignidade necessárias para uma mulher poder optar por ter o seu filho...
Não o permite porque passaram mais de oito anos sobre o último referendo e as pessoas ainda não aprenderam que não se trata de uma questão partidária, que de um lado não estão os bons e do outro os maus, que mais que fracturas devia haver consensos, porque, com algumas poucas e honrosas excepções, não existe um verdadeiro debate racional sobre o assunto, privilegiando-se o confronto e o insulto...
Por tudo isto (e algumas coisas mais) vou votar não, porque não considero que na sociedade portuguesa existam condições para uma efectiva escolha livre... porque enquanto a opção a tomar for entre ter um filho "obrigada" e não ter um filho por não ter condições para o ter não estamos perante nenhuma escolha... quando no meu país as mulheres tiverem as mesmas condições que os tão insistentemente referidos países catalogados de mais evoluídos providenciam a uma mulher grávida, assegurando a necessária dignidade para se poder optar por ter um filho, defensores do sim, nem precisam de fazer campanha, o meu voto é vosso!!!
terça-feira, dezembro 05, 2006
Smackdown Live!!!
Não, não sou maluco e não acredito ou vivo o wrestling norte-americano com um entusiasmo desmedido... agora admito que gosto do espectáculo envolvente... as coreografias das entradas manifestamente exageradas conseguem captar a minha atenção num misto de luz (conseguem fazer um fogo de artifício digno de um fim de ano dentro de um qualquer pavilhão...) e som (com cada atleta a ter o seu tema próprio, alguns criados e interpretados por grupos conhecidos como os P.O.D., Mercy Drive, Saliva ou os Motorhead por exemplo...).
O desporto propriamente dito, e refira-se que lhe chamo desporto porque, apesar de encenado, os atletas que nele intervêm têm que estar na plenitude da sua forma física para poderem realizar aquelas acrobacias, não tem muito que se lhe diga... conduzido pelos interesses publicitários, os respectivos campeões vão rodando, os conflitos entre participantes são uma constante e as justiças e injustiças vão surgindo para saciar os apetites da multidão, mantendo-a interessada...
Tudo isto para vos dizer que hoje vou assistir ao roadshow da Smackdown no pavilhão atlântico... vou assistir com toda a certeza a um magnífico espectáculo de luz e som... e, com alguma sorte, talvez assistir a um combate em que participe o único atleta do qual eu verdadeiramente gosto... o Undertaker... com a sua entrada ao som da marcha fúnebre e o chão coberto de nevoeiro... não gosto de cenas macabras mas gosto da encenação da personificação do lendário Undertaker... e quando daquela voz grave e com os olhos revirados sai um profundo REST... IN... PEACE... simplesmente fabuloso!
E refira-se que a personagem já existe à mais de década e meia... ainda me lembro do tarzan taborda a comentar nos primórdios do wrestling na tv portuguesa aos sábados antes do almoço os combates do mítico Undertaker...
Ah, e além disso, sempre devo assistir a uns combates com umas miúdas todas giras... um combate "bra and panties" vai sempre bem...
segunda-feira, dezembro 04, 2006
The Gift - Fácil de Entender
Para comprovar que o que é nacional é muitíssimo bom... Sónia Tavares, The Gift...
P.S. Não trocava uma Sónia por mil Marisas ou Adrianas...
P.S.2 A música é linda!!!
R.E.M. - Nightswimming
No seguimento do post anterior aqui vai uma das minhas músicas favoritas do meu grupo favorito... Quem ainda não mergulhou no mar ou numa piscina à noitinha não sabe o que perde... |
Nudismo...
Hoje trago-vos aqui ao Opinativo o tema do nudismo. E vou opinar sobre nudismo mesmo, e não naturismo, que é um conceito mais vasto que o primeiro...
Naturismo é um conjunto de condutas que preconizam um modo de vida baseado no retorno à natureza como a melhor maneira de viver, defendendo a vida ao ar livre, o consumo de alimentos naturais e a prática do nudismo, entre outras... o naturismo baseia-se num modo de vida em harmonia com a natureza, caracterizando-se pela prática do nudismo em grupo, com a intenção de favorecer o auto-respeito, o respeito pelo outro e o cuidado com o meio ambiente...
Temos assim que o nudismo é uma das vertentes do naturismo. E é somente sobre nudismo que vou falar, uma vez que nunca estive inserido na vivência naturista...
A primeira distinção que urge fazer desde logo é a separação que existe e tem de existir entre o nudismo e o carácter sexual da nudez em si... isto não quer dizer que um pessoa não fique excitada... eu na primeira vez que pratiquei nudismo rapidamente fiquei de "mastro içado"... e nos primeiros momentos é quase impossível dissassociar a visão de um corpo feminino nu do desejo sexual... afinal, um gajo encontra-se impregnado de testosterona não é verdade!
A minha primeira vez foi com uma amiga (ela desafiou-me em tom de brincadeira e eu aceitei!) e um grupo de amigos dela que eu conhecia superficialmente e com roupa, refira-se... quando chegámos os dois ao meco eles já lá estavam como vieram ao mundo... o primeiro momento mais esquisito foi cumprimentar um grupo de pessoas todas nuas... os beijinhos na face das meninas que se roçavam em mim, para minha surpresa... por contrapartida cumprimentar gajos nus não me causou qualquer efeito (possivelmente por causa de frequentar balneários no ginásio...).
Depois de me despir e esfregar algum creme protector (lição número 1 que aprendi com eles, ter muito cuidado com os escaldões... "se são incómodos nas costas, imagina nas partes baixas" disseram-me...), rapidamente tive que me deitar de barriga para baixo (se é que me entendem)... a minha amiga aproximou-se e sussurrou-me ao ouvido se já estava de pau feito? Depois disse-me que era um espécie de praxe, as amigas insinuavam-se de propósito por forma a excitar-me... se todas as praxes fossem assim comentei... e desatámos todos a rir...
A verdade é que aquele momento funcionou e serviu para descontrair. Passado o impacto inicial, uma pessoa está toda nua no meio de um grupo de pessoas todas nuas exactamente como estaria vestido no meio de um grupo de pessoas vestidas... as conversas são as mesmas, as piadas são as mesmas, as brincadeiras são as mesmas, os toques são os mesmos...
A grande diferença está na sensação de liberdade vivida... a sensação do calor do sol banhar todo o nosso corpo... a sensação de mergulhar no mar livre de qualquer roupa e meus amigos, nadar no mar nu, é das melhores sensações que se podem viver...
E vendo bem, porque haveria de ser diferente um toque na anca de uma miúda em fato de banho por comparação com uma miúda nua... um beliscão no traseiro com roupa será diferente de um beliscão num traseiro desnudado...
As pessoas é que vivem no meio do preconceito... preconceitos da sociedade e preconceitos delas próprias... se nos conseguirmos libertar desses preconceitos, vamos experimentar novas sensações... podemos gostar ou podemos não gostar, mas só após vivê-las é que vamos saber...
Eu adorei praticar nudismo... durante uns tempos (enquanto era descomprometido) muitas vezes frequentei o meco com a minha amiga e com os seus, que passaram também a ser meus, amigos... infelizmente a vida vai-se complicando à medida que vamos avançando e actualmente, para além de ter perdido contacto com a maioria deles, os poucos com quem vou esporadicamente contactando deixaram também de repetir aqueles momentos...
P.S. Então e vocês??? Já praticaram??? Gostariam de experimentar??? Partilhem as vossas experiências...
domingo, dezembro 03, 2006
Nunca mais chega segunda-feira...
Normalmente anseio por sexta-feira e desejo que o sábado e o domingo não acabem... mas este fim de semana está a ser demasiado comprido...