sexta-feira, fevereiro 29, 2008

 

Antagonismos...

A semana em que se festejou o 104º aniversário do Glorioso Sport Lisboa e Benfica ficou triste com a notícia da morte de mais um símbolo deste grande clube…

Quando era mais novo comecei a aprender a gostar de outros desportos que não só o futebol… foi assim que nas tardes de futebol foram entrando os jogos do andebol e do voleibol no pavilhão Borges Coutinho e do hóquei em patins e do basquetebol no antigo pavilhão nº2 da Luz…

A maior parte da minha geração descobriu e começou a gostar de basquetebol com o Larry Bird, o Magic Johnson ou o Michael Jordan… eu gosto de basquetebol por causa dos jogos a que assisti no antigo pavilhão n.º2 da Luz…

Era um dream team à nossa escala, que ganhava tudo o que havia para ganhar no nosso país e que conseguiu surpreender as melhores formações da Europa nas competições internacionais… o cinco composto por Carlos Lisboa, Henrique Vieira, Jean Jacques, José Carlos Guimarães e Mike Plowden…

Os poderosos Real Madrid, Juventude Badalona ou Panathinaikos (com a estrela da NBA Dominic Wilkins...) entre outros foram derrotados naquele pavilhão…

Eram poucos os que resistiam ao jogo pautado e controlado pelo Henrique Vieira… aos triplos consecutivos impossíveis do Carlos Lisboa… aos afundanços vigorosos do Jean Jacques… aos roubos de bola matreiros do José Carlos Guimarães… e ao Mike Plowden…

Mike Plowden era assim, não sobressaía… os outros faziam mais assistências, mais pontos, ganhavam mais ressaltos e faziam mais roubos de bola… era um daqueles jogadores certinhos que não sabem jogar mal… a sua imagem de marca era o cumprimento individual em que desejava boa sorte no início de qualquer jogo aos seus adversários e aos árbitros…

Foi um homem que se naturalizou português e representou o nosso país… não o fez por interesse como tantos outros mais recentes, mas porque adoptou o nosso país como sendo dele… aqui desenvolveu a sua profissão, fez amigos, casou e constituiu família... morreu aos 49 anos enquanto ministrava um treino de basquetebol à equipa onde joga o filho… perdeu-se uma das grandes referências do basquetebol encarnado e português…

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quarta-feira, fevereiro 27, 2008

 

Aulas de substituição...

Nunca percebi a polémica das aulas de substituição… um professor tem um horário que compreende aulas a leccionar e períodos sem aulas ao longo do dia para poder trabalhar e preparar a componente lectiva… caso falte um colega solicita-se a um professor que esteja num período sem componente lectiva para suprir essa falta… parece lógico.

Mas para os professores não é… e começaram a pedir o pagamento de horas extraordinárias por leccionarem aulas de substituição dentro do seu horário de trabalho e quando não se encontram na sua componente lectiva…

E qual foi a brilhante conclusão dos nossos juízes… o estatuto dos professores define que as horas extraordinárias são devidas por serviço ocasional e praticado de forma esporádica… como uma aula de substituição só acontece quando falta um professor é sempre um serviço ocasional e esporádico… então paguem-se as aulas de substituição…

Se por absurdo existisse um professor que não tivesse componente lectiva ao serviço de uma escola, cada aula de substituição dentro do seu horário normal de trabalho teria que ser paga como horas extraordinárias… genial!!!

A primeira regra que devia imperar em qualquer situação seria a regra do bom senso... o aproveitamento da lei é próprio de oportunistas e não de pessoas de bem...

Os professores, desiludiram-me… se um professor considera que não tem o tempo suficiente para fazer um bom trabalho, o caminho a escolher seria o de exigir um horário de trabalho com mais componente não lectiva para preparar melhor as suas aulas… seria exigir melhores condições de trabalho... melhores escolas... turmas com menos alunos... maior investimento em material pedagógico...

Ao enveredar pela exigência do pagamento das horas extraordinárias transformaram-se em mercenários que não se preocupam com a sua missão que é ensinar e estar ao serviço dos alunos… depois queixem-se que os portugueses não têm respeito nenhum pelos professores…

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segunda-feira, fevereiro 18, 2008

 

Barco procura-se!!!

Acordas pela manhã e quando vais pelo teu percurso habitual dás com isto...


tentas fugir pelo outro lado e dás com isto...


parece que vais ter que ir por ali... mas dás com isto...


e antes que aconteça isto...


ou isto...


vais para casa dormir até ao meio dia e então vais descansadinho trabalhar... amanhã quero mais!!!

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terça-feira, fevereiro 12, 2008

 

Polémicas II...

No mais puro espírito carnavalesco chegou mais uma história sobre o nosso pseudo engenheiro primeiro-ministro...

Depois da trapalhada da sua pseudo licenciatura, em que fez papel de virgem ofendida, onde ao invés de esclarecer e provar limitou-se a adjectivar de caluniadores e a passar a mensagem de estar a ser alvo de um ataque pessoal e político... surgiu agora uma nova história acerca da assinatura de projectos alheios da autoria de outros técnicos que, por serem funcionários da câmara, não podiam assinar os seus projectos...

O pseudo engenheiro primeiro-ministro logo veio assumir a autoria dos projectos em causa e mais uma vez transvestir-se de alvo de ataque pessoal e político...

Ora, eu sinceramente não sei o que seria pior... se assumir que os projectos não seriam seus ou, ao invés, assumir a paternidade desta “galeria de horrores/conjunto de inanidades estéticas/aberrações arquitectónicas que violam todas as regras do bom gosto” (desculpa lá o plágio José Júdice...).

À margem de mais esta trapalhada convém tirar as devidas ilações do imediato manto de silêncio que se abateu prontamente sobre todos os envolvidos nesta história... parece que o pseudo engenheiro primeiro-ministro mete medo a demasiada gente... esclarecer cabalmente toda esta história... penso que... jamais!

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quinta-feira, fevereiro 07, 2008

 

Polémicas…

Antes de mais convém esclarecer que não sou monárquico… considero mesmo humanamente impossível ser simultaneamente adepto da monarquia e defensor de Duarte Pio… creio mesmo que o melhor antídoto contra o aumento da ideologia monárquica será o próprio D.Duarte!

Esclarecido isto, surgiu uma polémica com a presença do exército na cerimónia do centenário do regicídio… insurgiu-se um deputado contra a participação do exército numa suposta manifestação política partidária monárquica e anti-republicana… o ministro da defesa rapidamente tratou de proibir, de forma encapotada é certo, a participação de unidades militares nas cerimónias…

Facto: no dia 1 de Fevereiro de 1908 foram assassinados o rei D.Carlos e o seu herdeiro, D.Luís Filipe, em pleno Terreiro do Paço…

Facto: D.Carlos era chefe de estado do nosso país…

Facto: A figura de D.Carlos sempre foi muito ligada ao exército, a sua memória é evocada anualmente na abertura solene do ano lectivo do colégio militar, por exemplo…

A hipocrisia republicana ao proibir a associação do exército à cerimónia do centenário do regicídio está bem patente quando se associa a outras cerimónias como o 1º de Dezembro de 1640, os descobrimentos ou o bicentenário da partida da família real para o Brasil…

Tal como li nalgum sítio, nesta linha de pensamento, nenhuma figura do estado poderia inaugurar estátuas, edifícios ou ruas com nomes de reis… a própria existência de edifícios ou ruas com nomes de reis, que pretendem homenageá-los, constituiria em si uma atitude anti-republicana…

Parece que existe uma proposta de colocar uma placa na Praça do Comércio para fazer justiça à memória de Manuel Buiça e Alfredo Costa, “os dois cidadão que em 1 de Fevereiro de 1908, aí mataram a monarquia, dando a sua própria a vida em prol da república e da liberdade dos portugueses”

Como se o ideal republicano fosse sinónimo de liberdade… Portugal vivia numa monarquia constitucional desde 1834… e a primeira ditadura tal como as conhecemos hoje em dia nasceu no seio da república, liderada por um republicano… e todos sabemos no que resultou a primeira república…

Mas o que estava em causa nesta celebração, não era a ideologia monárquica versus ideologia republicana, era a reconciliação com a história e uma rejeição clara do homicídio como forma de luta política… se no 25 de Abril não foi preciso matar ninguém, para derrubar a monarquia também não seria preciso matar…

Em minha opinião, ao proibir a participação do exército, alguns deputados e o governo prestaram um mau serviço à república… só mentes mesquinhas poderiam ver nessa participação uma afronta ao ideal republicano ou um apoio institucional à monarquia… significaria simplesmente o não pactuar com um homicídio perpetrado 100 anos antes…

Tal alguém disse, o regicídio deveria incomodar qualquer cidadão de bem, independentemente da sua convicção de regime…

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